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MPES pede nova perícia em escola de Vitória alvo de ataque

MPES pede nova perícia em escola de Vitória alvo de ataque

O objetivo é mostrar, com imagens, como os fatos ocorreram. A perícia foi autorizada pela Justiça estadual e deverá ser feita por equipes da Polícia Civil

Publicado em 26 de maio de 2023 às 13:04

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Escola Eber Louzada em Jardim da Penha
Escola Éber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha. (Google Street View/Reprodução)

Uma perícia da Polícia Civil deverá ser realizada na Escola de Ensino Fundamental Éber Louzada Zippinotti, localizada em Jardim da Penha, VitóriaA unidade foi alvo de um ataque em agosto do ano passado, realizado por um ex-aluno, que foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) por tentativa de homicídio contra cinco pessoas. O objetivo é mostrar, com imagens, como os fatos ocorreram.

A solicitação de perícia no local do crime foi feita pelo MPES, durante audiência de instrução realizada na tarde de quinta-feira (25). O pedido foi aceito pelo Juízo da Primeira Vara Criminal de Vitória — a Vara do Tribunal do Júri —, onde tramita o processo.

De acordo com a decisão, a perícia deverá ser realizada pelo Departamento de Polícia Técnica, preferencialmente no período de férias escolares, ou seja, em julho deste ano. A intenção é trazer informações técnicas sobre a dinâmica dos fatos que foram narrados pelas investigações e pelas testemunhas da invasão que prestaram depoimentos.

A perícia deve trazer imagens da escola, incluindo os dados obtidos na investigação e constantes no processo. “Requeiro, ainda, que essa perícia seja construída a partir das imagens de videomonitoramento já constantes dos autos e, sobretudo, dos depoimentos testemunhais colhidos no processo”, diz a decisão. 

O resultado dessa nova avaliação, assim como laudos constantes no processo, vão ser analisados posteriormente por todas as partes — promotores, assistente de acusação e advogado de defesa. Na sequência, as partes vão apresentar seus argumentos finais para que o Juízo da Primeira Vara Criminal de Vitória decida se o jovem vai ou não ser pronunciado — decisão que o encaminha para o Tribunal do Júri.

Depoimentos

Duas testemunhas e o ex-aluno foram ouvidos em audiência na tarde de quinta-feira (25). O primeiro foi um profissional que prestava serviços na unidade no dia da invasão, e que relatou ter sido alvo de uma arma levada pelo aluno para a escola. O disparo não o atingiu. O segundo a falar foi um professor que acompanhou toda a ação. 

O último depoimento foi do ex-aluno, que voltou a reafirmar o que tinha dito em ocasiões anteriores. Homero Mafra, que faz a defesa do jovem, reafirmou que o depoimento mostrou “que ele não tinha interesse de matar ninguém na escola”. 

Preso desde o ano passado, o ex-aluno foi trazido para o depoimento pelos policiais penais da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e permaneceu algemado durante o tempo que permaneceu na audiência.

ataque à escola aconteceu em agosto do ano passado. O jovem, à época com 18 anos, era ex-aluno, acabou detido e permanece preso.

Nota da Redação

A Gazeta não vai publicar detalhes sobre os depoimentos à Justiça nem sobre o ataque e o autor, seguindo recomendações de especialistas, em atenção ao chamado “efeito contágio”.

Para os estudiosos, quando a mídia publica esse tipo de informação, aumenta a possibilidade de imitadores do ato, em busca de visibilidade e notoriedade. Esse é geralmente um dos objetivos dos agressores, que passam a ser idolatrados por outros indivíduos propensos à promoção de novos massacres.

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