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MPES quer interdição de escola onde menina caiu do 2° andar em Colatina

MPES quer interdição de escola onde menina caiu do 2º andar em Colatina

Segundo Ministério Público do Espírito Santo, medida valerá até que sejam realizadas todas as reformas que possam garantir a segurança e a proteção

Publicado em 4 de setembro de 2023 às 18:30

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Local onde criança de 4 anos caiu, em escola de Colatina
Local onde criança de 4 anos caiu, em escola de Colatina. (Reprodução/Redes Sociais )
Mariana Lopes
Repórter / [email protected]

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) vai pedir a interdição da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Cleres Martins Moreira, no bairro São Vicente, em Colatina, Noroeste do Espírito Santo, onde pequena Elysa de Souza, de 4 anos, caiu do segundo andar na última quinta-feira (31). A criança morreu na manhã desta segunda-feira (4) no Hospital São José, no município, onde estava internada desde que sofreu a queda.

A informação foi repassada à reportagem da TV Gazeta na tarde desta segunda-feira. Segundo o MPES, a medida valerá até que sejam realizadas todas as reformas que possam garantir a segurança e a devida proteção dos alunos, professores e trabalhadores do local.

Elysa teve o óbito confirmado pelo Hospital Maternidade São José, em Colatina. A unidade disse que desde que chegou ao hospital, a menina "foi prontamente atendida pela equipe multidisciplinar. Foi acolhida em sala de emergência, submetida aos primeiros suportes e realizou todos os exames".

Ainda conforme o hospital, a menina precisou ser encaminhada à UTI Pediátrica, onde permaneceu monitorada e em observação ininterrupta por equipe médica e de enfermagem. "No sábado (2), houve a necessidade de ser submetida a um procedimento neurocirúrgico para remoção de um hematoma no cérebro, retornando à Unidade Intensiva. Infelizmente, hoje (4), devido à gravidade do caso, a paciente veio a óbito. A família foi imediatamente comunicada de todos os fatos ocorridos", esclareceu a unidade.

Em nota, o MPES comunicou que "já havia ajuizado ação civil pública em face do município com pedido de reformas e adequações na Escola Municipal de Ensino Fndamental (Emef) Cleres Martins Moreira." O processo do caso segue em tramitação na Justiça.

À reportagem da TV Gazeta, a Prefeitura de Colatina informou que ainda não foi notificada do pedido do MPES. "Assim que chegar o pedido, nossa procuradoria irá analisá-lo", informou. 

Relembre o caso

Menina que caiu do 2º andar em escola de Colatina está em estado grave
Menina caiu de altura de aproximadamente sete metros. (Divulgação | Polícia Civil)

Elysa de Souza, de 4 anos, sofreu uma queda de aproximadamente sete metros de altura, de uma báscula até o chão de uma rua vizinha à Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Cleres Martins Moreira, no bairro São Vicente, em Colatina, onde estudava.

Testemunhas relataram à polícia que a criança teria saído sozinha da sala de aula, que fica no 2º andar da escola, para ir ao banheiro, localizado no 1º piso. No caminho, a menina entrou em outra sala onde acabou caindo.

A criança foi socorrida desacordada por funcionários de uma empresa localizada próximo à escola. Eles não quiseram gravar entrevista, mas contaram à reportagem da TV Gazeta Noroeste que encontraram a menina na calçada e, sem saber por quais motivos ela estava naquele local, a levaram para dentro da unidade de ensino.

Investigações

Em entrevista à reportagem da TV Gazeta Noroeste, na última sexta-feira (1º), o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina, delegado Deverly Pereira Junior, informou que diligências foram determinadas junto à escola.

"Aparentemente a báscula da janela está quebrada. A gente só não sabe se já estava quebrada antes do acidente ou se ela se quebrou com o acidente. A partir de agora, vamos intimar as testemunhas, as pessoas que ajudaram a socorrer essa criança na rua, para que a gente possa delimitar o que aconteceu: se foi realmente um acidente, se houve negligência da parte de algum funcionário, se houve, talvez, um crime mais grave", esclareceu.

Naquele mesmo dia, o prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi, após o acidente, afirmou que todas as escolas do município vão passar por vistorias. "Estamos pautando todas as escolas e as reformas necessárias precisam ser feitas. Já temos o cadastro de cerca de 40 escolas", disse o representante em entrevista.

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