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MPES quer que Sara Winter pague R$ 1 milhão por vazar dados de menina estuprada

MPES quer que Sara Winter pague R$ 1 milhão por vazar dados de menina estuprada

Promotor entende que a extremista "demonstrou descompromisso com o respeito à Constituição Federal" ao tornar público dados que são sigilosos

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 16:27

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Sara Winter é ativista pró-Bolsonaro e participa de um grupo autointitulado
O promotor afirmou que a conduta de Sara "está incluída dentro de uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição de uma criança de apenas 10 anos de idade". (Reprodução / Instagram)

O Ministério Público do Espírito Santo entrou na Justiça contra a extremista Sara Giromini, que divulgou dados pessoais da criança de 10 anos submetida a aborto legal após ser estuprada pelo tio. A ação pede que ela seja condenada a pagar R$ 1,3 milhão a título de dano moral — o dinheiro, em caso de condenação, será revertido ao Fundo de Direitos da Criança e do Adolescente de São Mateus.

MPES quer que Sara Winter pague R$ 1 milhão por vazar dados de menina estuprada

Para o promotor Fagner Cristian Andrade Rodrigues, autor da ação, Sara "expôs a criança e a família dela, em frontal ofensa a toda a ordem jurídica protetiva da criança e do adolescente, conclamando seguidores a se manifestarem [contra o aborto]", o que acabou ocorrendo na porta do hospital onde a interrupção da gravidez foi realizada, em Recife, Pernambuco.

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O promotor afirmou que a conduta de Sara "está incluída dentro de uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição de uma criança de apenas 10 anos de idade". Segundo ele, a extremista "demonstrou descompromisso com o respeito à Constituição Federal" ao tornar público dados que são sigilosos.

O promotor lembrou ainda o artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente: "o direito fundamental ao respeito inclui a inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem".

Essa semana, a extremista Sara Giromini teve sua conta cancelada pelo YouTube, onde divulgou o nome da criança o hospital em que ela estava internada. A rede social declarou que encerra qualquer canal que viole repetidamente as regras sobre os conteúdos publicados.

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