Enquanto o governo do Estado apresentou um plano de retomada, divido em quatro etapas, para discussão da volta às aulas nas escolas públicas da rede estadual de ensino, a União dos Dirigentes Municipais da Educação do Espírito Santo (Undime) explica que uma consulta a famílias também deve ser feita no âmbito dos municípios para discutir o retorno das atividades para a rede infantil. No país, a Educação infantil é responsabilidade dos municípios.
É preciso deixar claro, por exemplo, que a gente entende de que diferente de como foi feito no início (um decreto suspendendo as atividades escolares no Estado), nesse retorno, agora, o governo deverá fazer a edição de uma autorização de um retorno. O decreto tem força de lei e todo mundo tem que cumprir. O Estado pode falar que ele vai voltar, mas um município, ou um conjunto deles, pode entrar num alinhamento e falar nós não vamos voltar neste momento, vamos qualificar o trabalho que está sendo feito, explica Vilmar Lugão de Britto, presidente da Undime.
Segundo o presidente, alguns municípios capixabas têm realizado, por exemplo, consultas junto às famílias sobre o assunto. Um dos exemplos citados por ele é de Jerônimo Monteiro, no Sul do Estado.
Nós [Undime], estamos ouvindo as famílias neste sentido e muitos municípios ainda não concluíram esse documento, mas estamos mantendo um diálogo com as famílias. Em Jerônimo Monteiro, fizeram uma pesquisa no Google Forms [formulário] para termos noção de qual seria a aceitação das famílias. A gente vê como isso um ponto que precisa, realmente, ser colocado para que não seja caracterizado uma imposição. Embora, a gente saiba que sempre haverá divergência e é um momento de fato complexo que nós estamos mexendo com vidas, explica.
Lugão explica a relação entre municípios e Estado nessa discussão. Nós defendemos que o protocolo precisa ser construído para todos, independente de quando vai acontecer esse retorno. Mesmo que a educação infantil não retorne neste ano, mas quando ela retornar, quais serão os protocolos necessários para garantir o retorno? Assim como foi feito o protocolo para o ensino fundamental, médio e nível superior, nós defendemos que também é responsabilidade do Estado [porque ele coordena todos os trabalhos], que seja estabelecido esses protocolos para educação infantil", defende.
Temos discutido que sempre que houver retorno de um grupo, o ciclo da doença são 14 dias, vamos verificar acompanhar, esse possível retorno. Qual o impacto do retorno? Se for negativo, já não acontece o retorno dos menores, do ensino fundamental. Mesmo que o retorno aconteça, dos maiores para os menores, não significa que todos vão retornar naquela modalidade. Haverá escalonamento, a depender do espaço que aquela unidade escolar. Por isso que cada unidade escolar deve construir o seu protocolo para avaliar a sua realidade, explica.
"Não será a Educação que irá falar nós iremos retornar dia tal', mas seguiremos um protocolo estabelecido pela Saúde. Assim como quem indicou que deveria ser fechado as escolas, nós ouviremos a Saúde para esse possível retorno, finaliza o presidente.
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