Com objetivo de testar a população para detecção de anticorpos do novo coronavírus (Covid-19) de forma regionalizada, o secretário de Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, anunciaram na manhã desta sexta-feira (10), durante coletiva de imprensa, que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai auxiliar os municípios para que eles realizem seus próprios inquéritos sorológicos.
Além disso, o secretário afirmou que como há curvas em comportamentos distintos na Grande Vitória e municípios do interior, a Matriz de Risco está sendo ajustada para que possa reconhecer a temporalidade e regionalidade das diversas fases da pandemia. A nova Matriz está programada para ser apresentada no fim da tarde desta sexta (10) pelo governador Renato Casagrande.
Segundo levantamentos realizados por técnicos do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a taxa de transmissão do novo coronavírus no Espírito Santo tem apresentado queda, principalmente na Grande Vitória. Mas no interior, esses números estão aumentando, mostrando outra realidade.
"Vamos iniciar uma etapa seguinte do inquérito sorológico. Nessa fase, os municípios que tiverem interesse na adesão do inquérito para conhecer sua realidade, isso será considerado. Assim, eles vão ter a disposição uma ferramenta para observar a própria realidade, do distrito, do bairro", afirmou Reblin.
Já Nésio completou que o Laboratório Central (Lacen) também vai passar a realizar, até o final desse mês, os testes sorológicos IGGs, que detectam anticorpos, recebidos da Fiocruz. Dessa forma, será possível investigar os primeiros casos do Espírito Santo, avaliar a reincidência de casos e a temporalidade da imunidade no Estado.
Luiz Carlos Reblin ainda falou sobre a estabilização consolidada no número de novos casos, pacientes internados e novas mortes pela Covid-19 na Grande Vitória e, lembrando os índices crescentes no interior, afirmou que no momento é preciso manter a coesão entre as regiões, pois o Estado pode apresentar momentos diferentes da pandemia nos municípios.
"Uns lugares terão algumas aberturas (econômicas), outros não. A pandemia não se encerra quando há uma estabilidade em uma região. Ela ainda tem um longo caminho aqui e não podemos, nesse momento, abandonarmos o distanciamento social e começarmos frequentar espaços públicos - seja ele de qualquer natureza. Pois se não continuarmos no sentindo dessas regras, seguindo uma coesão, tudo que conquistamos até aqui será perdido. Provavelmente teremos novas ondas até ano que vem, onde será necessário novamente que a gente feche a economia", afirmou.
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