Após dias de chuva em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, o tempo fechado deu uma trégua nesta segunda-feira (22). Porém, por conta do solo encharcado, um muro e parte de uma rua cederam no bairro Recanto. A terra foi parar nos fundos da casa de uma moradora. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
A técnica de enfermagem Marta Camacho amanheceu nesta segunda-feira apreensiva. Parte da Rua José Batista, no Recanto, cedeu e a terra parou nos fundos da casa dela. O local foi interditado pela Defesa Civil.
“Em 2015, os moradores acionam a Defesa Civil. Anos depois, eu também, falando do risco de deslizamento. Moro aqui há quase 20 anos e nunca passei por isso. Nunca imaginei passar noites de terror como passamos. Meu filho mora aqui, o vizinho de baixo é cadeirante. Os moradores passaram a noite tirando terra e com medo de descer tudo na nossa cabeça, árvore, asfalto”, disse Marta, em entrevista ao repórter Thales Rodrigues, da TV Gazeta Sul, na manhã desta segunda.
Segundo a Defesa Civil, existe risco de novos deslizamentos na rua e, por causa disso, os moradores de uma casa no local foram orientados a não usar os cômodos dos fundos.
Os moradores precisaram tirar os carros da garagem para diminuir o peso sobre a rua. A prefeitura informou que uma equipe da Secretaria de Manutenção e Serviço irá ao local para analisar a situação e o que pode ser feito.
No domingo (21), cinco ruas do distrito de Pacotuba, em Cachoeiro, amanheceram alagadas. O Rio Itapemirim transbordou durante a madrugada e, ao meio-dia, ele chegou a 2,30 metros acima do normal. Um abrigo foi preparado no distrito, mas não precisou ser utilizado.
Por conta da cheia, no Centro da cidade foi preciso interditar parte da Avenida Beira Rio, que alagou. Existe uma bomba de drenagem no ponto, mas não funcionou. Na manhã desta segunda, o trânsito foi liberado.
Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, Elio Carlos Miranda, houve registro de outros deslizamentos de terra na cidade durante o fim de semana. “De ontem para hoje, tivemos uma baixa de 1,20 m. Estamos monitorando de hora em hora e disponibilizamos essa informação no site da prefeitura, para que a população ribeirinha também acompanhe isso de forma clara”, comentou.
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