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'Nada indica que escolas sejam vetor de Covid', diz secretário

"Nada indica que escolas sejam vetor de Covid", diz secretário

Vitor de Angelo, titular da pasta de Educação, afirma que dados contrapõem a suspeita de que a reabertura das instituições aumentaria a transmissão da doença

Publicado em 13 de novembro de 2020 às 19:47

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O secretário de Educação, Vitor de Angelo, e o secretário de Saúde em exercício, Luiz Carlos Reblin
O secretário de Educação, Vitor de Angelo, e o secretário de Saúde em exercício, Luiz Carlos Reblin. (Divulgação | Sesa)

O secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo afirmou, em entrevista coletiva conjunta com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta sexta-feira (13), que o baixo percentual de casos confirmados do coronavírus na rede estadual de ensino, após o retorno das aulas presenciais, indica que escolas não são vetores de transmissão da Covid-19.

A análise se baseia nos seguintes dados: dos 36 mil alunos que retornaram às atividades presenciais na rede pública de ensino, 26 testaram positivo para o novo coronavírus, o que corresponde a 0,07% do total. Entre profissionais da educação, 300 foram infectados, representando 2,3% dos 13 mil que retornaram ao trabalho nas escolas.

“Do ponto de vista estritamente estatístico, são percentuais muito baixos. A partir disso, nada indica que a escola, ao contrário do que muitas pessoas eventualmente podem pensar, constitui o vetor de propagação da Covid-19. Até pelos percentuais e pelos números, tudo indica o contrário”, avaliou Vitor de Angelo. 

“DADOS NÃO INDICAM TRANSMISSÃO”

O secretário observou ainda que o temor de que alunos iriam transmitir a Covid-19 para professores não reflete a realidade. Vitor de Angelo sustenta que o indicador de estudantes infectados próximo a zero demonstra o contrário.

“Não parece se sustentar essa tese de que a volta às aulas presenciais traria alunos para a escola e que, dado o seu comportamento e dificuldade em cumprir os protocolos, transmitiria o vírus para os professores e estes estariam positivados em grande número. Nenhuma dessas informações se sustenta. Nós não temos grandes números, e não temos grandes percentuais de alunos transmitindo vírus da Covid para professores”, destacou.

“REFLEXÃO NECESSÁRIA”

Diante dos dados, o secretário afirmou ser necessário refletir sobre a participação do segmento educacional em eventuais novas medidas restritivas devido à pandemia. Ele cita o exemplo de países da Europa, que suspenderam atividades em determinados setores, mas mantiveram as aulas presenciais.

"Uma reflexão precisará ser realizada nas próximas semanas, se não para este ano, mas para 2021, sobre os protocolos de abertura e fechamento de diversas atividades, incluindo a educacional. Em que medida nós devemos, como fizemos este ano, fechar as escolas e reabri-las apenas como sendo a última atividade? Ou, até que ponto, diante dessas informações, devemos fazer como a Europa está fazendo agora na segunda onda: fecharmos outras atividades preservando a escola, entendendo não só a importância dessa atividade, mas que ela, à luz dos números até aqui, não parece ser o vetor de propagação da Covid-19?”, argumentou.

TOTAL DE  INFECTADOS

Ainda que o número percentual seja baixo, os dados absolutos de confirmações do novo coronavírus após o retorno das aulas presenciais não deixam de chamar a atenção. Desde o retorno das atividades nas escolas do Espírito Santo, em 14 de setembro com o ensino superior, a Sedu registrou 648 pessoas infectadas pelo novo coronavírus entre estudantes e profissionais, nas redes públicas e particulares.

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