A tristeza da família de Breno Rezende de Carvalho, de 25 anos, pela perda precoce do jovem que morreu esfaqueado em Vitória, no sábado (15), se transformou em busca por justiça. O tio da vítima, Maxcelio de Carvalho, disse em entrevista a repórter Priciele Venturini, da TV Gazeta, que todos os parentes acreditam nas investigações policiais e que Vilson, já preso pelo homicídio, "não é empresário, é bandido".
“Estamos buscando justiça e não por vingança, nós somos pessoas de bem. Ele (Vilson) era um bandido, dono de um bar, que já deveria estar fora da sociedade há muito tempo. A polícia está fazendo as investigações e a gente não quer levantar suspeitas e ser injusto”, frisou Maxcelio.
Apesar da dor da saudade, a família se sente consolada pelas manifestações feitas por Breno. Na noite de segunda-feira (17), amigos e conhecidos protestaram em frente ao bar Sofá da Hebe, que pertence a Vilson. O jovem de 25 anos teria sido morto por uma desavença devido a uma cerveja de R$ 16 comprada no local.
Com cartazes e pedidos de justiça, os manifestantes pediam a prisão do suspeito, que ainda não havia sido localizado até então. A família conversou com o delegado Ramiro, que está à frente do caso, e disseram estar aliviados.
“É ótimo saber que o meu sobrinho era querido, não só pela família, mas a gente vê a comoção dos amigos, os relatos que vem acontecendo e a gente também dá um alento, então vamos continuar acompanhando e buscando justiça”, afirmou o tio do jovem.
O alívio maior, pela certeza do caminho que se encaminha as investigações, veio depois da família conversar com o delegado Ramiro, que está à frente do caso. “A conversa que a gente teve com ele serviu para gente reduzir ou eliminar algumas dúvidas e saímos com a certeza que o inquérito está em boas mãos”, analisou.
Vilson foi preso na tarde de terça-feira (18) ao se entregar à polícia após negociações entre a corporação e os advogados dele. Antes da prisão e logo depois do crime, os agentes buscaram encontrar o suspeito em vários endereço. Entre eles, foi visitada a casa de um familiar, onde estavam o carro utilizado pelo empresário para deixar o local e a faca usada no crime.
"O crime aconteceu no sábado (15) e ontem (terça) ele se entregou porque tinha um trabalho grande não só da polícia, mas também da mídia, que ajudou a manter o assunto em debate com a população. Os amigos fizeram uma rede de informação. Então teve uma pressão enorme enquanto a isso", disse o tio.
Breno Rezende de Carvalho foi morto a facadas, na madrugada de sábado (15), em frente a uma distribuidora de bebidas após discussão sobre pagamento de uma cerveja de R$ 16, na Rua da Lama, em Jardim da Penha, em Vitória. A vítima foi encontrada ferida na Rua Arthur Czartoryski, no mesmo bairro, mas não resistiu aos ferimentos.
Conforme boletim da Polícia Militar, a corporação foi acionada por volta das 4h40 para atender à ocorrência. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram uma aglomeração de pessoas e Breno caído no chão, amparado por uma mulher. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192) foi acionada e constatou o óbito.
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