A data que é mundialmente conhecida por comemorar um nascimento ficou marcada de forma exatamente oposta no Espírito Santo. No Natal do ano passado, 37 pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus – o número mais alto da segunda fase de expansão da pandemia no Estado, segundo o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
O dado foi divulgado nesta segunda-feira (11), em uma coletiva de imprensa on-line da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), e leva em conta os registros feitos até o início desta tarde. À frente da pasta, o secretário Nésio destacou e lamentou o fato já na abertura da transmissão.
Segundo ele, a quantidade diária de mortes no Estado é inaceitável. "Em virtude do final de semana e do comportamento da doença, temos uma média que insiste em se manter acima de 26 ou 27 óbitos por dia – o que é muito alto. É uma quantidade de vidas perdidas muito alta", afirmou.
Apesar de o cenário atual já ser avaliado como negativo, a previsão da Sesa é que o número de novos casos, de internações e de mortes cresça ainda mais na segunda metade deste mês, que já começa na próxima sexta-feira (15), como uma consequência, inclusive, das festas de final de ano.
Ainda de acordo com o secretário Nésio Fernandes, durante as primeiras duas semanas do ano, "não foi observado um aumento da pressão assistencial", mas, sim, "um desenho de uma estabilização em um patamar alto de casos, de internações e de óbitos no Espírito Santo".
Para dar conta das demandas esperadas para o futuro próximo, a Sesa também anunciou uma ampliação, de mais 60 Unidades de Terapia Intensiva (UTI), ainda neste mês, podendo chegar até o total de 900 leitos de tratamento intensivo em fevereiro, considerando a rede de todo o Estado.
"No entanto, as mesmas dificuldades da primeira onda permanecem agora, como a contratação de mão de obra especializada médica e multiprofissional", lembrou Nésio. "Entendemos que o ES precisa se preparar também com medidas não assistenciais, como fiscalização e isolamento", completou.
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