A Marinha do Brasil suspendeu nesta quarta-feira (11) as buscas pelo marítimo Eric Barcelos Rangel, de 56 anos, que desapareceu após o naufrágio de um rebocador em Guarapari no último dia 1º de novembro. Familiares do marítimo, que trabalhava como chefe de máquinas da embarcação, afirmam que receberam a notícia da suspensão dos trabalhos na tarde dessa quarta-feira e que estão abalados e decepcionados.
Em nota enviada, a Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, confirmou que suspendeu as buscas pelo tripulante desaparecido do Rebocador Oceano I, que foram iniciadas em 2 de novembro.
Segundo a Marinha, durante nove dias, foi conduzida uma Operação de Busca e Salvamento (SAR) que utilizou o Navio-Patrulha Macaé, do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sudeste, a aeronave SH-16 Seahawk, do Comando da Força Aeronaval e três embarcações da Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES).
Também participaram da operação o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo e uma aeronave do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (NOTAER). Além disso, foi emitido um Aviso aos Navegantes para que embarcações próximas à região apoiassem as buscas.
"O caso continua sendo divulgado por intermédio da Estação Rádio Costeira e junto à comunidade pesqueira. Além do acompanhamento permanente, o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil poderá ser acionado para retomar as buscas, se surgirem novas informações sobre o fato. A Marinha lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares do tripulante desaparecido e permanece à disposição dos mesmos para apoios necessários", ressaltou.
Em conversa com a reportagem de A Gazeta, a esposa de Eric, Rosângela Rangel, disse que ficou decepcionada quando foi informada pela Marinha de que as equipes suspenderam os trabalhos.
"Estamos decepcionados com a Marinha. Ficamos muito abalados com a notícia. Eles têm meios de buscar onde esse rebocador. Eles alegam que priorizam as buscas pela vida, mas podem usar esse equipamento para localizar o rebocador porque ele pode estar ali embaixo", comentou.
A Marinha do Brasil abriu um inquérito para investigar o caso e disse que incentiva e considera importante a participação da comunidade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (027) 2124-6526 (diretamente com a CPES para outros assuntos,inclusive denúncias). Também estão disponíveis o email [email protected] e o aplicativo "Praia Segura", que pode ser baixado gratuitamente em aparelhos celulares Android e iOS.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta