Nem todos os municípios do Espírito Santo vão ser contemplados com as doses da vacina contra a Covid-19 que chegaram ao Estado na tarde desta segunda-feira (18). De acordo com o governador Renato Casagrande, vão ser priorizados, neste momento, os grupos definidos no Plano Nacional de Imunização, já escolhidos pelos municípios e hospitais públicos.
Nesta etapa vão ser contemplados os profissionais de saúde, idosos com mais de 60 anos vivendo em instituições de longa permanência e indígenas aldeados. “Vamos seguir ao pé da letra o plano de imunização. Pode ser que não alcance todos os servidores da saúde, mas estão sendo priorizados pelos municípios junto com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) os que atuam no enfrentamento da Covid-19”, explicou o governador Renato Casagrande.
De acordo com o governador, a seleção das pessoas que vão ser imunizadas foi feita pelos municípios em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Acrescentou que maioria das cidades capixabas será contemplada com doses da vacina. Na Grande Vitória, segundo ele, todos as cidades vão receber.
O Espírito Santo recebeu na tarde desta segunda-feira (18) 101.320 mil doses da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, enviadas pelo Ministério da Saúde. Elas serão utilizadas na imunização de pouco mais de 45 mil pessoas, que vão receber a primeira dose. A segunda será aplicada em 14 a 28 dias.
De acordo com o Ministério da Saúde, ao todo, serão 48.246 contemplados no Espírito Santo no início da campanha de imunização, totalizando 96.492 doses. Fazem parte do primeiro grupo 42.273 profissionais da área da saúde, 2.793 indígenas, 2.970 idosos que moram em casas de repouso e 210 pessoas com deficiência que vivem em instituições.
A expectativa agora é de que novas remessas possam chegar ao Estado. “O ministro da saúde, Eduardo Pazuello, nos informou que os 2 milhões de doses que estão sendo aguardadas da Índia. Este lote vai ser distribuído segundo a população de cada estado”, disse Casagrande.
Há ainda a produção nacional de novas vacinas do Instituto Butantan e da Fiocruz que aguardam a autorização da Anvisa. “A Fiocruz e Butatan vão ter autorização para a produção nacional, o que permitirá que a partir de fevereiro tenhamos uma produção mais rotineira. E podemos ainda ter a expectativa de que outros contratos possam ser feitos e com isto aumente a disponibilidade de oferta de doses da vacina”, informou o governador.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, a expectativa é de que a partir de fevereiro tenhamos mais doses de vacina. Mas destaca que o problema é a ausência de um calendário e uma agenda de imunização.
“Infelizmente não há um calendário claro, uma agenda de imunização e logística capaz de garantir imunização para toda a população. Seguimos lutando para que o país adquira outras vacinas, que negociem com os russos, com a Pfizer, que seja aberta uma negociação clara com a Jansen, para que possamos garantir a vacinação da população adulta e idosa ainda este ano. E rápido, porque a cada dia que não alcançamos a imunidade segura, mais vidas vão ser perdidas”, destacou Nésio.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta