Parte da paisagem das cidades de Vila Velha e Guarapari ficou encoberta nesta quinta-feira (8) devido a uma forte neblina – digna de filmes de terror. A cena chamou atenção de moradores, que enviaram fotos e vídeos para A Gazeta. Apesar da repercussão, trata-se de um fenômeno normal.
Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a formação vista entre o final desta manhã e o início da tarde é chamada de "névoa úmida de encosta", popularmente conhecida como "neblina", e não chegou a afetar o funcionamento do Aeroporto de Vitória.
"Ela se formou em alguns trechos da Grande Vitória e da Região Sul do Estado, devido ao aumento da umidade e à circulação dos ventos fracos sobre o mar, que geraram uma camada de nuvens baixas, que acabou encobrindo os pontos mais elevados dessa área", explicou o meteorologista Hugo Ramos.
De acordo com ele, o fenômeno está relacionado à inversão térmica, ou seja, acontece quando a temperatura do ar aumenta com a altura. "Essas camadas aprisionam ar úmido logo abaixo delas, facilitando a formação de nevoeiros, que se formam poucas vezes por ano na Grande Vitória", completou.
O repórter Matheus Passos, da TV Gazeta Sul, percebeu a paisagem diferente quando passou pela ponte de Guarapari. "Quando passamos por ali, conseguimos ver toda a orla da Praia do Morro e o Morro da Pescaria, que fica no final. Hoje, com a neblina, não dava para ver nem metade da faixa de areia", disse.
Sem querer ser identificada, uma morada da região de Enseada Azul percebeu a neblina por volta das 11h30. "A paisagem das montanhas e as moradias da vizinhança ficaram todas cobertas. Era mais denso que uma fumaça e se movia rápido. Vinha como um vento leve, cobrindo tudo", contou.
Depois de atingir Guarapari, a neblina chegou ao município vizinho de Vila Velha e surpreendeu a estagiária Paula Ferreira, por volta das 13h. "Estava sol e saí para pedalar na orla. Em uns 30 minutos, o céu mudou totalmente. Da areia, não dava para ver os prédios direto e fui até para casa, com medo", brincou.
Outros moradores da cidade canela-verde também registraram a baixa visibilidade. Um membro da equipe da CBN Vitória não conseguia ver a Terceira Ponte pela janela de casa, por exemplo. No bairro Itapuã era difícil enxergar edifícios vizinhos, que ficam a cerca de um quarteirão de distância.
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