A nova matriz de risco da Covid-19 anunciada pelo governo do Estado nesta semana passa a valer a partir de domingo (24). Nesse sistema de avaliação da disseminação do novo coronavírus em território capixaba, vários indicadores são cruzados para definir as medidas de restrição necessárias para cada município, conforme o seu desempenho. Um dos componentes que começará a ser considerado na análise é a taxa de isolamento social, cujo percentual ainda está abaixo do recomendado em todo o Espírito Santo.
Até o momento, a classificação de risco no Estado tem como referências a taxa de ocupação dos leitos de UTI e a incidência da Covid-19 no município que, então, é dividido em níveis baixo, moderado e alto. A nova fase mantém esses dois indicadores, inclui o percentual de pessoas com mais de 60 anos e confere mais relevância ao distanciamento social praticado nas cidades.
De acordo com o resultado da análise do quadro de cada município, a classificação também poderá chegar ao risco extremo, o que vai exigir medidas mais severas, como o lockdown, expressão em inglês que significa confinamento. Nessa condição, haveria o bloqueio total de atividades nas cidades classificadas com o nível mais crítico de contágio da Covid-19. O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, disse em coletiva nesta sexta-feira (22) que a restrição pode ser adotada por até 21 dias.
Pelo modelo vigente, Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Fundão, Santa Teresa e Presidente Kennedy estão no nível alto de risco. Com a nova matriz, o risco foi ampliado e passam a ter mais medidas de restrição, como funcionamento do comércio em dias alternados, Marataízes, Afonso Cláudio e Alfredo Chaves, que voltou a ter piora em seus indicadores. O governador Renato Casagrande, em pronunciamento nesta sexta, incluiu também Boa Esperança.
O mapa do Espírito Santo também está com mais municípios apresentando o risco moderado de disseminação do coronavírus. Pela nova matriz, a partir de domingo passará de 22 para 48 o número de cidades que estão a um passo de ter limitação para o funcionamento do comércio e demais atividades. Por conta disso, o governador Renato Casagrande reafirmou a necessidade do isolamento social como ação mais efetiva de controle do avanço da Covid-19 no Estado.
"É preciso diminuir a interação entre as pessoas. A doença está no nosso calcanhar, prestes a nos alcançar. Para não termos que tomar medidas mais drásticas de paralisação de todas as atividades, é importante que cada um contribua. É preciso muita atenção dos gestores municipais, mas também das pessoas desses municípios, para diminuir o grau de risco. O isolamento depende de cada um e, se tivermos essa disciplina pessoal, manteremos um resultado coletivo de também reduzir a pressão sobre o sistema hospitalar", ressalta Casagrande.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 74,63%. O aumento vem sendo gradativo e, se chegar a 91%, será decretado o bloqueio total dos municípios que se enquadrarem no risco extremo.
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