Um novo incêndio atinge o Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo, Sul do Espírito Santo, desde a noite de sábado (24). De acordo o diretor do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Mário Stella Cassa Louzada, as chamas se estendem por uma área significativa em um novo ponto do parque. O combate continua neste domingo (25). A suspeita é de que a causa seja criminosa.
O enfrentamento conta com equipes do Corpo de Bombeiros e do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer). O fogo começou na região onde ficam torres de telecomunicação, perto do Santuário de Aracuí, e depois avançou até a área do parque.
“É uma área significativa. Estamos no enfrentamento com equipes do Notaer, Corpo de Bombeiros e do Iema. Começou ontem à noite, na região das torres de telecomunicação, perto do santuário, e o fogo avançou bem. A vegetação está seca”, disse Louzada.
Um grande incêndio nos últimos dias já havia deixado danos significativos no Parque Estadual Mata das Flores. Até então, havia somente focos sob controle dos bombeiros. O tempo nublado neste período auxiliou as equipes, permitindo a construção de linhas de contenção que evitaram que o fogo atingisse novas áreas. Segundo o Corpo de Bombeiros, dois focos de incêndio foram detectados na tarde de quinta, mas já controlados. Cerca de 100 hectares de área de preservação foram queimados, afetando mais de 12 espécies exclusivas do parque.
Em entrevista concedida ao repórter Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta, o diretor do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) disse que o incêndio na área de preservação em Castelo é uma tragédia ambiental “irreparável”, e de origem humana.
"Este ano, devido ao clima muito seco e à falta de chuva, já tivemos alguns incêndios: no Parque de Itaúnas, no Parque Estadual Paulo César Vinha, no Parque Estadual da Pedra Azul, no Monumento Natural Serra das Torres e, agora, no Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo. O incêndio no Parque Estadual Mata das Flores é o mais significativo, pois já queimou boa parte do parque causando um grande estrago. É um ano infeliz por conta dos incêndios. Estamos enfrentando um inverno com temperaturas mais elevadas do que o normal, pouca chuva, ar seco e vegetação seca, o que faz o fogo se alastrar rapidamente com o auxílio do vento”, emendou.
(Com informações de Wilson Rodrigues, de A Gazeta)
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