A próxima atualização do mapa sobre a pandemia do novo coronavírus no Espírito Santo acontecerá neste sábado (30) e pode trazer cidades classificadas como risco extremo o que resultaria na decretação de lockdown. A possibilidade foi adiantada pelo secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, nesta sexta-feira (29). A fala vai no sentido contrário à afirmação feita pelo secretário do governo estadual Thyago Hoffmann, na qual descartou que o Espírito Santo vá adotar o lockdown na próxima semana.
O secretário da Saúde afirmou que o Governo do Estado vai publicar a relação de municípios que deverão tomar um conjunto grande de medidas a partir da próxima semana e, em seguida, e relembrou que a matriz atual, adotada no último domingo (24), prevê o bloqueio total.
Para que o fechamento total das cidades não seja necessário, o secretário de saúde afirmou que é preciso diminuir o número de internados e de novos óbitos e casos confirmados. Não adianta abrir mais e mais leitos hospitalares, se a cada semana também aumenta o número de pacientes. Não adianta expandir os leitos para as pessoas morrerem nos hospitais", defendeu. Nesta quinta-feira (28), o secretário do governo estadual Thyago Hoffman havia usado, justamente, a ampliação da capacidade hospitalar obtida nos últimos dias como justificativa para negar o uso de lockdown na próxima semana.
Mantendo o posicionamento, Nésio Fernandes reforçou o pedido para que a população siga as medidas de distanciamento social. Se nós não melhorarmos, não vamos romper a cadeia de transmissão. Por isso, é razoável que medidas mais enérgicas sejam tomadas, afirmou.
Subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin também participou da entrevista e revelou, a fim de complementar a fala do secretário, que a maior preocupação da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) é o alto número de mortes, registradas e previstas.
Enquanto temos condição, temos que diminuir a circulação de pessoas para que não soframos tanto. No início desse mês, tínhamos pouco mais de 100 óbitos. Até o próximo domingo (31), esse número deve chegar próximo de 600, projetou. Atualmente, o Espírito Santo possui 560 óbitos.
De acordo com ele, apenas 44% dos capixabas têm ficado em casa índice abaixo do considerado ideal pelo Governo do Estado, de 55%. Por causa das viagens tradicionais em época de frio, Reblin também aproveitou para lembrar que ir para as cidades da montanha, se acomodar em sítios ou pousadas, não é uma atitude de isolamento.
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