O governo do Estado divulgou o novo mapa de risco da Covid-19 no Espírito Santo, que tem validade de uma semana a partir de segunda-feira (10), e a situação se agravou: 13 municípios, antes classificados no nível baixo de transmissão da doença, pioraram seus indicadores e passaram para o risco moderado. Outros cinco ingressaram no risco alto.
Na semana passada, eram 22 cidades em baixo risco no Estado. Agora, pelo novo mapa são apenas 12. Segundo o governo, 13 municípios saíram dessa classificação, mas outros três entraram.
As cidades que, na próxima semana, vão sofrer as principais restrições são Ecoporanga, São Mateus, Sooretama, Piúma e Mimoso do Sul. Elas se juntam à Águia Branca, Anchieta, Bom Jesus do Norte, Colatina, Ibiraçu, Mucurici e Presidente Kennedy, que já estavam no risco alto. Nesse patamar, as medidas para o funcionamento de atividades comerciais e de serviço são mais rigorosas, embora o governador Renato Casagrande tenha flexibilizado, nesta quinta-feira (6), horários e dias de atendimento.
Lojas só podem funcionar durante a semana. No caso do comércio de rua, há a opção de escolher entre a segunda e o sábado, desde que sejam apenas cinco dias de funcionamento. Já os restaurantes não podem abrir aos domingos.
Os 13 municípios que saíram do baixo para o moderado - Água Doce do Norte, Apiacá, Atílio Vivacqua, Barra de São Francisco, Brejetuba, Conceição do Castelo, Ibatiba, Irupi, Jerônimo Monteiro, Laranja da Terra, Muniz Freire, Pedro Canário, Santa Teresa - já vão perder os benefícios recém-adquiridos pela flexibilização, como o funcionamento de restaurantes e bares sem restrição de horários e dias da semana. No risco moderado, no qual estão ainda outras 41 cidades, a abertura desses estabelecimentos está limitada até as 18 horas.
Nas movimentações no mapa de risco, Cachoeiro de Itapemirim, Itaguaçu e Iúna melhoraram seus indicadores e passaram do moderado para o baixo. Também avançaram, saindo do alto para o moderado, Baixo Guandu, São Gabriel da Palha e Vila Valério.
Independentemente do grau de risco, algumas medidas permanecem valendo para todos, como o uso obrigatório de máscaras. Nos estabelecimentos comerciais e de serviços, também deve ser oferecido álcool em gel e mantido o distanciamento entre as pessoas.
A estratégia de mapeamento de risco teve início no dia 20 de abril, considerando o coeficiente de incidência da Covid-19. No dia 4 de maio, o Mapa de Risco passou a contar com a taxa de ocupação dos leitos de UTI. No dia 18 daquele mês, a Matriz de Risco Ampliada entrou na terceira fase com a inserção da taxa de letalidade, do índice de isolamento social e o percentual da população acima dos 60 anos (grupo de risco por faixa etária).
A nova Matriz de Risco Ajustada entrou em vigor no último dia 13, o que fez com que todas as cidades capixabas fossem classificadas de forma individual, sem influência do grau de risco dos municípios vizinhos.
A composição do mapa segue as orientações dos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde e recomendações da equipe de especialistas do Centro de Comando e Controle (CCC) Covid-19 no Espírito Santo, que é composto pelo Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). As decisões adotadas pelo Governo do Estado seguem parâmetros técnicos.
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