A necessidade de realizar cirurgias eletivas no Espírito Santo muitas vezes esbarrou na burocracia, atrasando procedimentos que poderiam ser realizados em um intervalo menor de tempo. A partir de agosto, um novo protocolo passará a ser adotado no Estado, pulando etapas e encurtando o caminho da unidade básica de saúde até o hospital.
É o que prevê um modelo de regulação apresentado pelo secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, durante evento para lançamento do mutirão de cirurgias eletivas, nesta quarta-feira (14).
Na nova estratégia, o paciente atendido numa unidade básica de saúde, cujo médico fizer um diagnóstico com indicação cirúrgica, já poderá ser encaminhado diretamente para um hospital de referência da região onde está situado o município. Atualmente, o paciente que precisa se submeter a um procedimento cirúrgico tem que passar primeiro pela regulação de uma vaga para se consultar com especialista. Essa etapa será suprimida do processo.
"Cada unidade de saúde do Espírito Santo vai ter configurado no sistema um hospital fixo de referência para cada especialidade. Estamos encerrando o capítulo da famosa regulação, do paciente ficar na 'nuvem'; estamos desburocratizando o acesso do paciente", frisou o secretário.
O médico da atenção básica do Estado que concluir um diagnóstico de demanda cirúrgica, reforçou Nésio Fernandes, poderá encaminhar o paciente pelo sistema novo de regulação direto para o hospital de referência do território dele. "E o núcleo interno de regulação daquele hospital terá prazos e metas para cumprir, tanto no agendamento de avaliação do paciente quanto da realização da cirurgia."
No mutirão de cirurgias anunciado pelo governo do Estado, mais de 50 mil procedimentos devem ser realizados neste semestre. Agora em julho estarão na fila aquelas pessoas que já estão cadastradas no sistema, mas, pela estimativa de Nésio Fernandes, a partir de agosto passarão a ser atendidos também os pacientes que ingressarem pelo novo modelo.
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