Atualmente, 303 pessoas estão internadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Espírito Santo, com casos graves da Covid-19. Essa quantidade é praticamente a mesma atingida em meados de outubro e a maior registrada desde o último dia 5, quando 308 pacientes estavam sendo assistidos nas mesmas condições.
Os dados foram retirados do Painel de Ocupação de Leitos Hospitalares, atualizado pela Secretária Estadual de Saúde (Sesa) nesta terça-feira (3). Nesta data, os hospitais da rede pública estão disponibilizando um total de 397 vagas de UTI o que significa que 94 unidades ainda estão livres.
É importante lembrar que em julho deste ano, depois da taxa de ocupação dos leitos de tratamento intensivo apresentar estabilidade, a Sesa deu início ao processo de reversão do perfil hospitalar. Ou seja, parte das vagas destinadas à pandemia voltaram a atender quem sofre de outras doenças.
Na época, o secretário de Saúde do Estado, Nésio Fernandes, explicou que se mais de 80% das UTIs ficassem ocupadas, o Estado iria novamente ampliar a oferta para continuar atendendo quem tivesse sido infectado pelo novo coronavírus. Até o momento, essa nova mudança não se fez necessária.
Assim como aconteceu nas UTIs, o número de pacientes nos leitos de enfermaria destinados à Covid-19 também aumentou, atingindo o patamar mais alto desde o dia 8 de setembro. Naquela época, havia 276 pessoas internadas apenas uma a mais que nesta terça-feira (3).
Atualmente, o Estado disponibiliza 351 vagas para atender quem tem quadros moderados da doença, restando livres 76 delas. Isso significa que 78,35% dos leitos de enfermaria estão ocupados, taxa que é a maior de toda a pandemia, mas que também pode ser melhorada com o retorno da ampliação da rede.
Há cerca de 20 dias, o médico infectologista Crispim Cerutti Júnior foi procurado por A Gazeta para comentar outra alta registrada na ocupação das UTIs. Naquela ocasião, 301 pacientes estavam internados em Unidades de Terapia Intensiva. No parecer, o especialista esclareceu que não era necessária preocupação extra.
Entretanto, ele também aproveitou a oportunidade para fazer uma crítica em forma de alerta, devido à parte população capixaba não estar adotando as tão necessárias medidas de distanciamento social. Se a exposição é maior, maior é número de casos confirmados e de internações.
Também no final de outubro, em entrevista à CBN Vitória, o secretário Nésio Fernandes ressaltou que o crescimento no número de pessoas internadas não tem sido acompanhado de um aumento nas mortes e aproveitou para garantir que o Estado está preparado para o caso de uma segunda onda.
Já na última sexta-feira (30), ele revelou que houve, de fato, um aumento de casos confirmados entre o início de setembro e a primeira quinzena de outubro, em decorrência de comportamentos imprudentes. No entanto, ele ressaltou que o Espírito Santo já tinha voltado a apresentar tendência de queda.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde esclareceu que o comportamento da ocupação dos leitos de enfermaria é uma consequência do serviço de saúde, que tem garantido "a internação precoce de pacientes não graves" da Covid-19. Em relação às variações relativas às UTIs, a pasta afirmou que seguem um padrão no início da semana, apresentando queda entre terça e quinta-feira. "A Sesa está atenta às possibilidades de pressões assistenciais para readequação na rede", garantiu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta