Imagina você ligar para uma operadora de celular para resolver um problema e encontrar o amor da sua vida? Essa história, que tem (como sempre) um capixaba envolvido, ganhou repercussão no Twitter após um amigo do casal tornar o caso público. Internautas começaram contando os "causos" de amor que tiveram início de um jeito incomum, assim como a história do capixaba Lucas e da paulista Maria, que hoje moram no bairro Jardim Camburi, em Vitória.
Lucas Barros Veras de Sousa e Maria Augusta da Costa Barros têm 28 anos. Eles se conheceram em 2012, por meio de uma ligação, e se casaram três anos depois. Tudo começou no dia em que o capixaba, que hoje trabalha em uma concessionária de energia elétrica no Espírito Santo, precisou fazer uma troca de plano em uma operadora telefônica. Quem atendeu foi a paulista, que na época trabalhava em São Vicente, em São Paulo, mas os dois ainda não se conheciam e nem imaginavam o que estava para acontecer.
À reportagem de A Gazeta, Lucas relatou que entrou em contato para fazer a alteração do plano e o contato, inicialmente, foi bem profissional.
"Ela alterou o plano para mim e beleza, desligamos. Depois de um tempo, no mesmo dia, ela me mandou uma mensagem perguntando se estava tudo bem comigo. Era um prefixo de São Paulo, ela morava lá. E eu falei: 'Quem está falando, de onde?'. Ela ficou um pouco receosa de responder no início por medo de retaliação, já que havia pegado meu número no cadastro", detalhou.
Maria, que apesar da iniciativa, afirma ser um pouco tímida, disse que na época trabalhava em Santos e o dia 24 de janeiro de 2012 foi como qualquer outro, atendendo clientes.
"O Lucas foi muito educado comigo. Eu anotei o número dele com DDD na minha agenda. Enviei uma mensagem e ele me respondeu meia-noite. Fiquei com receio de contar que eu era a atendente, mas ele já sabia: falou meu nome e começamos a conversar. Eu tinha perdido meu pai recentemente e queria alguém para desabafar mesmo", explicou. Meses depois, em julho, os dois decidiram se encontrar pessoalmente.
Na época, sem WhatsApp ou qualquer outro meio de contato instantâneo sem ser a ligação, os dois passavam horas se falando por telefone. Os amigos do casal ficaram receosos e preocupados.
"No dia 10 de julho de 2012 nos vimos pessoalmente e foi muito bom. Eu ia para São Paulo duas vezes por ano ou quando dava, e ela vinha para cá. No nosso aniversário de namoro de três anos, nos casamos. Inicialmente, não teve um pedido claro da minha parte, mas já começamos a namorar visando o casamento", continuou Lucas.
Lucas e Maria se casaram em 2015, cerca de três anos após a ligação. Em uma das conexões "Espírito Santo - São Paulo", o capixaba organizou a vida e decidiu juntar as escovas de dente com a paulista. "Os amigos ficaram um pouco desacreditados e preocupados no início do relacionamento. Mas não tiro a razão deles, porque é uma situação bem atípica. Ouvíamos muitas coisas, o pessoal falava com ela: 'Como você sabe que ele não é um criminoso?'", brincou.
Apesar de os dois já terem a certeza de serem o "felizes para sempre" na vida um do outro, o primeiro encontro presencial foi cheio de receios.
"Na primeira vez que fui para lá fiquei receoso, pensando: 'E se ela não gostar de mim? E se a família não gostar de mim?'. Porque fui para dormir na casa da família dela e me receberam super bem, foi muito bacana, mas poderia ter dado errado. Eu era uma pessoa estranha para eles, e eles para mim", contou Lucas.
O que fica da história do casal é a lição de que o amor pode estar na mensagem com o DDD 11 que não respondemos. Entre amigos, a história de Lucas e Maria é inspiração."Até hoje o pessoal lembra da história rindo. De forma geral, no início não foi muito bem acolhida no sentido de simplesmente ver o lado do amor, era mais mesmo por medo, o que eu não tiro a razão", concluiu o capixaba.
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