O combate ao incêndio no Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo, no Sul do Espírito Santo, já dura vários dias. O tempo nublado auxiliou as equipes, permitindo a construção de linhas de contenção que evitaram que o fogo atingisse áreas com árvores centenárias. Segundo o Corpo de Bombeiros, dois focos de incêndio foram detectados à tarde, mas já controlados. As equipes continuam monitorando a área com o apoio de um helicóptero do Notaer. Cerca de 100 hectares de área de preservação foram queimados, afetando mais de 12 espécies exclusivas do parque.
Em entrevista concedida ao repórter Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta, Mário Stella Cassa Louzada, diretor do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), disse que o incêndio na área de preservação em Castelo é uma tragédia ambiental “irreparável”, e de origem humana.
"Este ano, devido ao clima muito seco e à falta de chuva, já tivemos alguns incêndios: no Parque de Itaúnas, no Parque Estadual Paulo César Vinha, no Parque Estadual da Pedra Azul, no Monumento Natural Serra das Torres e, agora, no Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo. O incêndio no Parque Estadual Mata das Flores é o mais significativo, pois já queimou boa parte do parque e está causando um grande estrago. É um ano infeliz por conta dos incêndios. Estamos enfrentando um inverno com temperaturas mais elevadas do que o normal, pouca chuva, ar seco e vegetação seca, o que faz o fogo se alastrar rapidamente com o auxílio do vento”, emendou.
O Iema e o Corpo de Bombeiros reportaram que seguem acompanhando os focos de incêndio no Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo; que não existe previsão de conclusão dos trabalhos e os esforços estão concentrados em extinguir focos de incêndio todos de uma vez.
O incêndio no Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo, foi controlado na tarde desta quinta-feira (22), com o trabalho das equipes do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMES) e do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer). Agora, será feito o monitoramento e rescaldo para que novos focos não apareçam. Durante o dia de hoje (sexta), as equipes foram empenhadas para o monitoramento das áreas que haviam combatido ontem. No período da tarde foi realizado um sobrevoo do NOTAER e observado que não há mais chamas. Ao final do período operacional foi desmobilizado o Sistema de Comando de Operação (SCO) tendo em vista que foi identificado que não há mais risco iminente e chamas. Para amanhã, o CBMES apoiará na prevenção e no monitoramento com militares atuando juntamente com o Iema.
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