A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou na última sexta-feira (26) os registros técnicos para o uso do Wi-Fi 6E no Brasil. A novidade tecnológica trará mais potência para a internet e permitirá que fabricantes de roteadores vendam produtos com suporte para a nova frequência no país. No quadro CBN e Tecnologia, da Rádio CBN Vitória, o comentarista Gilberto Sudré explicou como funciona o novo serviço, antes nomeado por códigos e agora por números que vão do 1 ao 6, e quais vantagens que ele pode oferecer.
De acordo com Sudré, Wi-Fi 6E é um novo padrão que complementa o Wi-Fi 6, liberando as faixas de frequência de 6 GHz para conexões desse modelo. "Por meio dessa tecnologia, a rede oferece três bandas permitindo uma conectividade mais estável e garantindo maior performance entre dispositivos compatíveis", explica.
O especialista também lembra que muitos funcionários que estão no sistema de home office devido à pandemia do novo coronavírus precisam de uma excelente rede doméstica para poder desempenhar o trabalho, o que pode acontecer com o Wi-fi 6E. "A partir da nova tecnologia, o Wi-Fi 6E virá com propostas para atender e melhorar a experiência do consumidor", destaca.
A maior parte das conexões agora acontecem via rede sem fio e o Wi-Fi 6E pode chegar a uma velocidade de até 9,6 Gb/s, contra os 6,9 Gb/s do padrão Wi-Fi 5. Sendo essa, muito mais alta se comparada às redes já utilizadas. Oferecendo uma grande vantagem para os usuários de internet.
Nos roteadores usados em residências atualmente, disponibilizados pelas operadoras, a conexão normalmente fica mais lenta ao ultrapassar a quantidade de 4 aparelhos conectados ao roteador simultaneamente. Entretanto, nesse novo padrão, ele identifica os usuários do dispositivo de maneira diferente, permitindo que 8 ou até 10 dispositivos sejam conectados ao mesmo tempo sem perder a potência.
Todos sabem que a utilização do 4G no dispositivo móvel demanda um grande uso de bateria. O Wi-Fi 6E vai facilitar e aumentar a autonomia das baterias.
A novidade da tecnologia traz uma nova forma de criptografar os dados, isso vai dificultar ainda mais a quebra da segurança.
O especialista também ressalta que o usuário deve ficar atento para os padrões que são utilizados em seu roteador, observar se ele é compatível com a nova tecnologia. "Deve-se observar que alguns aparelhos de comunicação já são compatíveis com o sistema, quantos megas a sua navegação de internet permite acessar. Mas cabe ressaltar, com a publicação da norma, smartphones, PCs e notebooks compatíveis com o novo padrão devem se popularizar ainda mais nas prateleiras", destaca.
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