Em parceria anunciada pelo governo federal, neste sábado (27), com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, e com a AstraZeneca para compra de lotes e transferência tecnológica, são esperados resultados preliminares de eficácia da vacina para a Covid-19 entre outubro e novembro deste ano. São 100 milhões de doses previstas no acordo para serem produzidas no Brasil por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com informações da Agência Estado, para os primeiros lotes, o país receberá o princípio ativo da vacina (Concentrado Vacinal Viral - IFA), mas com a produção e envasamento do imunizante em território nacional.
Com os dados de segurança da vacina, o primeiro lote de 30,4 milhões de doses será distribuído para o grupo prioritário, de pessoas idosas e comorbidades, por exemplo, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros. O primeiro lote, com 15,2 milhões de doses, é esperado para dezembro. Segundo Franco, para a Agência Estado, tendo essas vacinas, o Brasil já poderá começar a distribuição. O segundo lote, com os outras 15,2 milhões de doses, estão previstas para janeiro de 2021.
De acordo com o Ministério da Saúde, se a vacina obtiver o registro no Brasil, serão produzidas mais 70 milhões de doses em um segundo momento.
O investimento, segundo divulgado pelo jornal O Globo, será de US$ 127 milhões, cerca de R$ 693,4 milhões.
Segundo o Governo, conforme veiculado pelo jornal O Globo, as doses apenas serão administradas após a finalização dos estudos clínicos e a comprovação da eficácia. Atualmente, a pesquisa já se encontra na última etapa, a de testes clínicos, já tendo sido testada em animais e grupos de humanos.
A vacina, diferente do que se pensa, não é composta pelo próprio vírus da Covid-19, mas é feita por um fragmento de proteína do vírus, o Sars-CoV-2, junto de um outro vírus (adenovírus) que, além de ser inócuo ao humano, é inativado.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, destacou que no Brasil há seis vacinas em testes em fase pré-clínica e que todas estão sendo acompanhadas pelo Ministério da Saúde. "Semana que vem, traremos muito mais informações envolvendo boas perspectivas", disse.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou neste sábado (27), que a parceria voltada à produção de uma vacina de prevenção da Covid-19 é apenas um dos esforços do governo federal para que o Brasil volte "à normalidade". Há uma série de outras providências tomadas em conjunto, disse Franco, como estudos para o tratamento, manejo clínico e prevenção da doença.
Foi o mesmo tom adotado pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto. Para ele, é necessário ter uma visão integral do contexto brasileiro para se discutir uma normalização, como dados de óbitos e comportamento do coronavírus nas diferentes regiões do país.
Segundo Angotti, já são 468 projetos de pesquisa voltados à Covid-19 aprovados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), envolvendo tratamento, vacinação e estudos de histórico da enfermidade.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta