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OAB cobra investigações de crimes contra advogados no ES

OAB cobra investigações de crimes contra advogados no ES

Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo, José Carlos Rizk Filho, atentado em Iúna e assassinato em Santa Leopoldina seguem sem respostas e a entidade cobrou providências da polícia e do governo do Estado

Publicado em 19 de abril de 2021 às 13:41

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José Carlos Rizk Filho é o presidente da OAB-ES
José Carlos Rizk Filho é o presidente da OAB-ES. (OAB-ES)

Os crimes contra advogados no Estado preocupam a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Espírito Santo. Em dez dias duas advogadas foram vítimas da violência, o que motivou o presidente da entidade, José Carlos Rizk Filho, a exigir providências do governo do Estado e das autoridades policiais.

No último dia 10 de abril, a advogada Elzeni da Silva Oliveira, de 56 anos, escapou da morte após ter a casa alvejada por nove tiros em Iúna, no Sul do Estado. Neste domingo (18), a advogada Marinelva Venturim de Paula, de 62 anos, e o marido, o iraniano Dali Atashi, de 67  anos, não tiveram a mesma sorte. Eles foram mortos a tiros no sítio da família em Santa Leopoldina, na Região Serrana.

Para José Carlos Rizk Filho, os crimes precisam ser apurados com rigor. "A OAB do Espírito Santo vem manifestar sua intensa preocupação com os crimes praticados em face de advogados no Espírito Santo. Há cerca de dez dias, tivemos um atentado em Iúna, cerca de 10 tiros na sala de estar da advogada trabalhista, e até o momento não foi entregue nem os executores, nem mandantes e nem os intermediários. Ontem tivemos um caso na cidade de Santa Leopoldina", afirmou o presidente da OAB em vídeo enviado para a reportagem de A Gazeta.

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A ordem cobra imediatas providências do governador do Espírito Santo e dos órgãos de segurança, para que haja uma intensa investigação sobre esses crimes, que sejam entregues a sociedade um resultado efetivo para que todos nós tenhamos segurança em nossos lares

José Carlos Rizk Filho
Presidente da OAB no ES
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Os crimes cometidos em Iúna e em Santa Leopoldina ainda são investigados pela polícia. Até o momento ninguém foi preso. 

Demandada pela reportagem de A Gazeta sobre o posicionamento da OAB, a Polícia Civil informou que investiga todos os casos que lhe competem com a mesma perícia e dedicação.

"No caso registrado em Iúna, diligências foram iniciadas assim que o fato chegou ao conhecimento da Polícia Civil, e o Inquérito Policial segue em andamento na Delegacia de Polícia do município. Todas as diligências estão sendo realizadas dentro do prazo legal, o que inclui oitivas, perícia de local de crime e outras ações inerentes à investigação. A 16ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Espírito Santo (OAB-ES), em Iúna, acompanha o andamento do Inquérito. Todas as informações solicitadas são disponibilizadas, dentro do que é possível durante o andamento do Inquérito Policial, que tem caráter sigiloso", disse, em nota.

A nota da PC informa ainda que o caso registrado em Santa Leopoldina segue sob investigação da Delegacia de Polícia de Santa Leopoldina. "Até o momento nenhum suspeito foi detido e outras informações não serão repassadas para que a apuração dos fatos seja preservada".

Por fim, a Polícia Civil destacou que "a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas".

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