As obras de engordamento das praias da Guarderia, Praia do Canto e Praia da Curva da Jurema estão previstas para começar em março de 2024. O trabalho é para resolver o problema de erosão nas praias de Vitória afetadas pelo avanço do mar ao continente.
Com o projeto, a areia do fundo do mar será dragada e depois despejada na faixa litorânea para deixar o espaço mais longo. Em entrevista ao repórter da TV Gazeta, Álvaro Guaresqui, o secretário de obras da Prefeitura de Vitória, Gustavo Perin, disse que com após finalizada a intervenção, a recorrência de novos engordamentos nos locais passará a ser de 10 a 15 anos.
A erosão ocorre quando o balanço sedimentar de uma praia é negativo, ou seja, quando a praia perde mais sedimentos do que recebe. Isso acarreta diminuição da faixa de areia ao desgaste de rochas. O recuo da linha de costa, que é a diminuição do espaço de areia, é uma consequência deste processo.
As análises desses critérios possibilitam entender quais as necessidades da manutenção para retomar a praia. “Como não é aterro natural, não tem balanço de compensação da areia e tem que estudar onde tem areia típica para se colocar no engordamento na dragagem e lançamento nesta área de encosta”, contou.
Segundo Perin, o projeto já foi concluído e agora está na fase interna de licitação. O secretário informou que o engordamento será feito com sedimentos trazidos de jazidas mais próximas, para diminuir o custo de transporte.
As praias estão sofrendo mudanças devido à erosão em diversos pontos da baía. As raízes de coqueiros estão ficando à mostra e formando mini-ilhas da árvore na Praia do Iate, localizada entre a ponte que dá acesso à Ilha do Frade e o Iate Clube, na Praia do Canto. No local, a cor da água já chegou até a mudar e ficar avermelhada e um degrau foi formado.
Com as mudanças no local, as raízes estão expostas e algumas árvores praticamente tombadas. A situação preocupa banhistas e frequentadores por medo de algum acidente.
O jardineiro Tiago Gonçalves, em entrevista a TV Gazeta, contou que leva o filho de quatro anos para brincar na área litorânea ao lado da Ponte Desembargador Alfredo Cabral, que dá acesso à Ilha do Frade. No local, há pedras e um espaço gramado com coqueiros, mas tem ficado com receio com o avanço da erosão.
“Tem como remover, ampliar a orla um pouco e dar uma melhorada”, indicou. Quem frequenta as praias afetadas pela erosão verifica também buracos causados pela desgaste do solo litorâneo.
Em fevereiro deste ano a reportagem de A Gazeta registrou a mudança da cor da água causada pelo desgaste. As fotos registradas pelo fotógrafo Ricardo Medeiros mostram uma tubulação que passa pelo terreno está exposta e o solo avermelhado abaixo foi atingido, modificando a tonalidade do mar em boa parte da praia.
Na época, a prefeitura da Capital anunciou para A Gazeta, que tinha concluído os estudos sobre as intervenções necessárias para sanar o problema e fará o engordamento da orla entre o Iate Clube e a Guarderia.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta