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Ômicron: 97% das pessoas com Covid no ES foram infectadas por nova variante

Ômicron: 97% das pessoas com Covid no ES foram infectadas por nova variante

O crescimento foi expressivo em comparação aos 3% no início do mês anterior, em dezembro do ano passado. Para o secretário Nésio Fernandes, o momento deve ser de cautela no comportamento dos capixabas

Publicado em 10 de janeiro de 2022 às 12:14

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A variante Ômicron representa 97% dos casos registrados de Covid-19 no Espírito Santo em janeiro. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante pronunciamento na manhã desta segunda-feira (10). A mutação é a quinta e mais recente classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial de Saúde. Isso quer dizer que, atualmente, 97 a cada 100 casos de coronavírus no Espírito Santo são dessa nova cepa - que apresenta maior velocidade de proliferação.

Os dados de sequenciamento genético, que determinam a predominância ou não da Ômicron, são contabilizados pelo Laboratório Central. Números do Painel Covid-19, atualizados pela última vez no domingo (9), mostram que o Espírito Santo tem 12.402 casos ativos da Covid-19. O secretário de Saúde não informou, porém, se a predominância é registrada apenas em casos ativos, ou curados e óbitos também são considerados na análise.

Nésio Fernandes detalhou que a Ômicron representava 3% de presença em casos no início do mês de dezembro de 2021. No fim da primeira semana de janeiro de 2022, no entanto, a avaliação é diferente: agora, quase todos os casos de Covid-19 são da nova mutação. Um crescimento expressivo em um mês.

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No Brasil, a Ômicron alcançou uma presença de 58% nos casos. Segundo especialistas, deve chegar a 90% ainda na primeira quinzena de janeiro. No Espírito Santo, utilizando dados do Laboratório Central, observamos que saímos de 3% de presença no início do mês de dezembro para 97% na última sexta-feira [7 de janeiro], caracterizando uma reprodução do rápido crescimento da variante

Nésio Fernandes
Secretário de Estado da Saúde
Aspas de citação

O secretário afirmou que já observava o comportamento da variante em países do exterior que tinham uma cobertura vacinal considerável. Mesmo com a população imunizada, o avanço da mutação foi muito rápido e diferente do que foi visto na expansão da variante Delta. A princípio, a disseminação da Ômicron não representava um aumento na curva de óbitos e internações, mas já é possível notar, segundo o secretário, um impacto na assistência hospitalar.

Coronavírus já foi responsável por mais de 220 mil mortes no Brasil
Coronavírus já foi responsável por mais de 220 mil mortes no Brasil. (Pixabay)

Durante pronunciamento, Nésio destacou a pressão em unidades pediátricas. Crianças de 5 a 11 anos ainda não começaram a ser vacinadas contra a Covid-19, apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter aprovado, ainda no mês de dezembro do ano passado, a imunização com a vacina da Pfizer.

De acordo com Nésio Fernandes, são pelo menos 1,3 milhão de pessoas no Espírito Santo com apenas uma dose ou ainda sem qualquer imunizante contra a Covid. O grupo abrange pessoas de todas as idades, sobretudo as crianças, que ainda não entraram na fila de vacinação.

AUMENTO DE CASOS DE COVID-19 NO ES

O secretário chamou atenção para o crescimento no número de casos da doença. Na análise feita durante pronunciamento, foram considerados apenas os testes feitos por antígeno, os chamados testes rápidos. A comparação é entre a última semana de dezembro de 2021 e a primeira semana de janeiro de 2022.

Grande Vitória - Considerando apenas Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica

Interior

Total do Espírito Santo

Os números devem ser ainda maiores, uma vez que a conta não inclui os testes RT-PCR.

MENSAGEM DE CAUTELA

Em meio a um aumento no número de casos confirmados da Covid-19, risco de pressão hospitalar e uma epidemia de gripe enfrentada pelo Estado, Nésio Fernandes pede que a população tenha cautela no comportamento.

"A principal mensagem no dia de hoje é um alerta à população capixaba pela urgência da vacinação com a segunda e terceira doses, um aumento na percepção de risco, uma retomada da disciplina maior, com comportamento de baixo risco. Entendemos que é possível avançar na testagem, vacinação, reduzir o pico de casos, que consequentemente pode aumentar na procura por atendimento médico."

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