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Ômicron: conheça os principais sintomas da nova variante da Covid-19

Ômicron: conheça os principais sintomas da nova variante da Covid-19

Três casos da Ômicron já foram confirmados no Brasil. Potencialmente mais transmissível, a nova variante tem sintomas diferentes; Veja quais são

Publicado em 2 de dezembro de 2021 às 16:00

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Números de infectados pelo novo coronavírus no interior do Espírito Santo aumentou, de acordo com os novos índices divulgados pelo Governo do Estado
Ômicron já virou uma preocupação do governo brasileiro. Objetivo é controlar os casos antes que se espalhem. (Pixabay)

Organização Mundial da Saúde (OMS) considera, desde a semana passada, a Ômicron como uma "variante de preocupação". O Espírito Santo ainda não teve registros da nova variante, mas, no Brasil, já são três casos confirmados. A nova cepa foi sequenciada pela África do Sul no dia 25 de novembro, e com a análise dos pacientes que se infectaram já se sabe os sintomas da Ômicron e que se trata de uma variante potencialmente mais transmissível.

A infectologista Martina Zanotti explica a nova variante. “Os sintomas são parecidos com os que a já conhecemos: febre, dores no corpo, dor de cabeça, tosse, dores na garganta, e alguns outros que são mais incomuns como diarreia e vômito”, afirma.

A médica Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, que atendeu pacientes com a nova variante antes de ela ser descoberta, percebeu que os sintomas da Ômicron relatados são mais parecidos com a variante Beta, mas se diferem da Delta, uma das mais predominantes no país. Segundo a médica declarou ao jornal O Globo, os sintomas da Delta são: pulsação elevada, baixos níveis de oxigênio e perda de olfato e paladar.

Os primeiros dois casos da nova variante no Brasil são um homem de 41 anos e uma mulher de 37 que estavam imunizados com a vacina da Janssen. Ambos tiveram resultado positivo em exames de PCR coletados no laboratório Albert Einstein instalado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, antes de viajarem à África do Sul. Eles estão isolados na casa de parentes em São Paulo, e apresentam sintomas leves.

O terceiro caso da variante foi confirmado nesta quarta-feira (1). Trata-se de um passageiro, de 29 anos, que veio da Etiópia e havia testado positivo para Covid-19. Ele estava isolado em Guarulhos, no estado de São Paulo, e acompanhado pela vigilância do município em que reside, O homem recebeu a vacina da Pfizer contra o coronavírus, e não apresentava sintomas.

Até o momento, não se registrou nenhuma morte associada à variante Ômicron, de acordo com a OMS. A Martina Zanotti afirma o que espera dos impactos da nova variante. “Nós esperamos que seja uma variante mais leve e menos mortal, levando em consideração também que boa parte da população já foi vacinada”, explica.

Apesar de ter uma taxa de mortalidade menor, a Ômicron é mais transmissível. “A variante tem um potencial de transmissão maior. Isso por conta da mutação dela na proteína Spike, que é a proteína de superfície do vírus, responsável pela entrada no organismo. Tornando ele mais viral”, detalha a infectologista.

Segundo ela, apesar das diferenças da nova variante, a forma de prevenção não mudou. “A prevenção é a mesma e deve ser mantida: mascara, álcool, e distanciamento social”, afirma Zanotti

A VACINA É EFICAZ?

Uma incógnita sobre a variante ainda não foi respondida: o nível de proteção das vacinas anti-Covid existentes. Nesta quinta-feira (2), a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) afirmou que o anticorpo Sotrovimab, desenvolvido pela companhia, é eficaz contra a variante ômicron, segundo informações do Valor Econômico.

O remédio que também recebe o nome Sotrovimab, já teve o uso aprovado nos Estados Unidos e no Reino Unido. A empresa acrescentou que está concluindo o teste de pseudo vírus in vitro para confirmar se o Sotrovimab pode neutralizar uma combinação de todas as mutações do Ômicron e pretende fornecer uma atualização até o final de 2021.

SOROCABA, SP - 16.03.2021: VACINAÇÃO EM SOROCABA SP - Seringas e frasco da vacina Coronavac/Butantan durante vacinação (primeira dose) em idosos a partir de 76 anos nesta terça-feira (16) em Sorocaba, interior de SP. A operação aconteceu no modelo drive-thru, no Instituto Humberto de Campos. (Foto: ) ORG XMIT: 2043265
Ainda não se sabe o nível de proteção das vacinas anti-Covid existentes contra a Ômicron. (Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress)

Para os imunizantes disponíveis no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou às desenvolvedoras de vacinas informações sobre os estudos em andamento. O ofício foi encaminhado na quarta-feira (1) para os laboratórios que possuem vacinas aprovada no Brasil: Pfizer, Instituto Butantan, Fiocruz e Janssen.

A expectativa da agência é que, nas próximas semanas, estejam disponíveis os dados das avaliações iniciais. Até o momento, não se conhece esses impactos. Na nota, a Anvisa avalia também que o melhor a se fazer é que a população se vacine ou receba o reforço do imunizante.

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