Novas medidas restritivas podem ser adotadas no Espírito Santo para tentar conter o avanço da nova variante da Covid-19, chamada de Ômicron. A possibilidade foi ventilada pelo secretário da Saúde de Estado, Nésio Fernandes, em coletiva de imprensa virtual realizada nesta terça-feira (7).
O secretário ressaltou, porém, que a adoção ou não de novas medidas restritivas ainda depende de uma análise do impacto da variante. Nésio destacou a efetividade das vacinas disponíveis contra a mutação do vírus, mas reiterou que, se for necessário, atividades econômicas e comerciais podem sofrer impactos, sobretudo a partir das festas de fim de ano e carnaval.
"Foi fundamental, importante e acertada a decisão do Ministério da Saúde de garantir a terceira dose de reforço a toda a população, ainda mais em um contexto que antecede as festas de fim de ano. Precisamos aguardar algumas semanas para saber se serão necessárias outras medidas restritivas a atividades econômicas e comerciais. Outras medidas poderão ser tomadas caso se reconheça o risco da nova variante”, disse.
Também presente na coletiva de imprensa, o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, apontou que ainda não há registro de circulação da variante Ômicron no Espírito Santo. Reblin explicou que o sequenciamento genético é feito no Rio de Janeiro, na sede da FrioCruz, mas que, em breve, deve ser feita no Espírito Santo.
“O Lacen vem se estruturando de maneira considerável e importante para não apenas confirmar. A gente faz o teste de confirmação e, a seguir, de maneira organizada, a gente seleciona uma parte dessas amostras positivas para verificar qual o vírus está circulando entre nós, o sequenciamento genético. Até esse momento, a gente não tem a confirmação dessa variante circulando no Espírito Santo. Em dezembro, a gente deve fazer o sequenciamento aqui no Estado”, argumentou.
Uma das principais estratégias para conter o avanço de novas variantes do vírus é a vacinação. Nésio apontou, porém, para uma redução do ritmo de imunização da população capixaba. Ele reforçou a importância da necessidade de completar o esquema vacinal e que o Estado possui um dos menores índices de atraso do país. Nésio destacou, ainda, a adesão dos adolescentes à vacina contra a Covid-19.
"Nós somos um dos Estados que tem o menor atraso na aplicação das doses. No entanto, não consideramos que seja aceitável qualquer atraso em um contexto de novas variantes. Somente 512 adolescentes estão com o esquema atrasado em alguns dias na vacinação. Os adolescentes capixabas têm dado exemplo. ”, disse.
Diante da necessidade de aceleração da aplicação das vacinas contra a Covid-19 no Estado a partir do surgimento da nova variante Ômicron, o Espírito Santo irá receber 13,3 mil doses de imunizantes da Janssen. A nova remessa será destinada para as mais de 100 mil pessoas que tomaram o imunizante no Estado e aguardam a chegada do lote para completar o esquema vacinal. A data de chegada das vacinas, porém, ainda não foi definida.
"Nós estamos aguardando o Ministério da Saúde. Vamos receber um pouco mais de 10 mil doses, não serão todas as vacinas recebidas imediatamente. Estão definindo a data de envio, assim que chegar, nós faremos a distribuição aos municípios”, pontuou Reblin.
Apesar da alta demanda para aplicação da dose de reforço, Nésio Fernandes afirmou que o intervalo para a aplicação não será diminuído no Espírito Santo. Ele apontou para a necessidade dos municípios de cumprir as metas de vacinação da população adulta, de adolescentes e do reforço de idosos.
"No momento, nós não iremos adotar a redução da dose de reforço da população adulta para quatro meses. O Estado orienta que para que os municípios se esforcem para completar o esquema de duas doses na população adulta, alcance os adolescentes e vacine a população idosa com a dose de reforço”, reiterou o secretário.
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