A partir do dia primeiro de agosto, os ônibus municipais de Vitória chamados verdinhos também deixarão de aceitar o dinheiro como forma de pagamento. A medida temporária ocorrerá por causa da pandemia do novo coronavírus, já que o dinheiro em espécie é considerado com um vetor de contágio.
A Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana de Vitória (Setran) informou, por nota, que "a partir do dia 1° de agosto e, enquanto durar a pandemia, os ônibus de Vitória, que operam o transporte público municipal, por questão de segurança e prevenção sanitária, só aceitarão cartões de passagem. Conforme acordo com o Ministério do Trabalho e o sindicato da categoria, o pagamento da passagem deverá ser feito com o Cartão GV, que já é amplamente utilizado pela população".
Com isso, as três empresas que operam o sistema municipal de transporte estão autorizadas a suspender o contrato de trabalho dos cobradores por 120 dias (quatro meses), assim como foi feito no Transcol. Esses trabalhadores terão que ser incluídos no Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e voltam ao trabalho o período de suspensão.
Nesse programa, criado pelo Ministério da Economia, o Governo Federal paga parte dos salários desses profissionais, que não poderão ser demitidos por um período de oito meses.
A partir de agosto, os passageiros terão que, obrigatoriamente, usar o cartão de passagem para entrar nos coletivos municipais de Vitória. Desde maio, o cartão já era a única forma de pagamento aceita nos ônibus do Sistema Transcol.
O secretário-geral do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes), Jaime de Angeli, explica que a portaria não é facultativa. As empresas estão se organizando e vão cumprir com a medida a partir do dia primeiro de agosto. Essa portaria faz parte de uma série de medidas que já foram implementadas e é mais uma forma de evitar a circulação de dinheiro nos ônibus, e diminuir o risco de contágio da Covid-19.
Ele falou ainda sobre a suspensão do contrato de trabalho dos cobradores. A suspensão dos contratos não gera a extinção do posto de trabalho e, por isso, o pagamento do salário está garantido e assegurado por lei. Após o término da suspensão dos cobradores, eles serão realocados para suas atividades, afirma o secretário-geral do Setpes, Jaime de Angeli.
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