Em janeiro e fevereiro deste ano, o Espírito Santo registrou 11 mortes de crianças por Covid. Os casos ocorreram durante a quarta onda da pandemia, provocada principalmente pela transmissão comunitária da variante Ômicron. Entre as vítimas, 73% delas tinham menos de 1 ano, o que corresponde a oito crianças.
Reunindo todas as faixas etárias, foram 709 mortes nos dois primeiros meses do ano, segundo números apresentados pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes. Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (7).
Diferentemente dos adultos e idosos, as oito crianças crianças menores de um ano que morreram em decorrência da Covid não tinham recebido qualquer dose de vacina. Isso porque a vacinação no Brasil está disponível apenas aos pequenos acima dos 5 anos. A imunização é a principal forma de evitar mortes e o desenvolvimento para quadros graves da doença.
Não foi informado durante a coletiva a idade exata de todas as 11 crianças que morreram no período, tampouco se elas tinham alguma comorbidade.
Com a adesão à vacinação abaixo dos 40% entre aqueles maiores de 5 anos, o Espírito Santo irá promover um mutirão nos próximos dias 11 (sexta) e 12 (sábado). O objetivo, segundo Nésio Fernandes, é vacinar 65 mil crianças em dois dias. O mutirão foi pactuado com municípios capixabas.
O secretário aponta que a desinformação atrapalha a vacinação de crianças. Antes do início do mutirão, o governo do Estado pretende promover campanhas durante a semana alertando sobre a segurança do imunizante.
Como mostram dados do Painel Vacina e Confia, apenas 37% das crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose do imunizante. Isso quer dizer que menos da metade do público começou a ser vacinado no Espírito Santo. O número de crianças totalmente vacinadas, ou seja, com duas doses, chega a 12.823, o que corresponde a 3% de crianças entre 5 e 11 anos.
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