Oito integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com atuação em diversas cidades do Espírito Santo, foram presos na manhã desta quarta-feira (10), na Operação Sintonia, cuja investigação teve início em 2022. A ação faz parte de uma operação nacional, por meio do Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado (GNCOC), com apoio da polícias Civil, Militar, Penal e Rodoviária Federal, em combate a facções criminosas, tráfico de drogas, lavagem de valores e crimes correlatos.
Por decisão do Juízo da 6ª Vara Criminal de Vitória, estão sendo cumpridos 23 mandados de prisão e 29 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Jacareí (SP), Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Vitória, Vila Velha, Viana, Serra e Cariacica. A operação conta com apoio da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (PMES), Secretaria de Estado da Justiça (Sejus-ES), Gaeco-SP, Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP) e Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES).
Durante a operação, uma nona pessoa, investigada por tentativa de homicídio e que tinha mandado de prisão em aberto, foi presa em Anchieta. Mas não há ligações desse preso com os demais detidos por atuação na facção criminosa.
Ao longo das investigações, já foram presos seis integrantes da facção criminosa PCC e denunciados perante a Justiça Criminal do Estado do Espírito Santo. Entre os investigados, estão integrantes da cúpula do PCC com atuação no Estado, com funções vinculadas ao sistema prisional capixaba, integrantes dessa facção e divididos em áreas de atuação da organização como “geral do Estado”, “geral da rua”, “geral do progresso”, “geral do caixa”, “geral da FM” e “disciplina”.
De acordo com informações do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), a operação, que ocorre de forma simultânea em 13 Estados, conta com a participação de 43 promotores de Justiça e 40 servidores dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) dos Ministérios Públicos dos Estados do Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Paraná, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e com o apoio de mais de mil policiais militares, civis, penais e rodoviários federais, para o cumprimento de 228 mandados de prisão e 223 mandados de busca e apreensão.
O objetivo é desarticular organizações criminosas violentas que atuam nas ruas e nos sistemas prisionais, efetivar prisões de seus integrantes e coletar provas das práticas delituosas detectadas em investigações realizadas no âmbito do Ministério Público brasileiro.
O GNCOC é um grupo formado por membros do Ministério Público dos Estados e da União. Criado em 2002 pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), atualmente presidido pela procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA), Norma Angélica Cavalcanti, o colegiado surgiu como uma resposta ao assassinato do promotor de Justiça de Minas Gerais Francisco José Lins do Rêgo Santos, vítima da ação armada de uma organização criminosa que atuava no ramo de adulteração de combustíveis.
O GNCOC tem como objetivo primordial o combate às organizações criminosas e se caracteriza pela cooperação entre seus membros e a articulação com diversas instituições parceiras no enfrentamento ao crime organizado.
Sob a presidência do procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mario Sarrubbo, o GNCOC mantém grupos de trabalho permanentes integrados por todos os Gaecos dos Estados e do Ministério Público Federal.
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