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Os bairros com mais queixas de barulho e som alto na Grande Vitória

Os bairros com mais queixas de barulho e som alto na Grande Vitória

Na Região Metropolitana, moradores se queixam do alto volume de bares, restaurantes, carros de som, condomínios e até obras; veja as regras em cada cidade

Publicado em 17 de junho de 2023 às 08:21

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Som; barulho; música
O volume do som incomoda moradores por ultrapassar os limites definidos em lei. (Jernej Graj/Unsplash)

Difícil encontrar uma pessoa que não goste de curtir um barzinho ou ir a um restaurante, ou, quem sabe, participar de uma festa em casa. Mas, enquanto os frequentadores desses locais aproveitam o momento de lazer, os vizinhos sofrem com o barulho quando não são respeitados os limites impostos por lei. O bairro Jardim Camburi, na Capital, é o campeão de reclamações na Grande Vitória

QUAIS OS BAIRROS MAIS "BARULHENTOS" DA GRANDE VITÓRIA?

Em cada município da Região Metropolitana, bairros despontam no quesito "barulhento" pelos mais diversos motivos, mas são recorrentes as queixas contra bares, carros de som, condomínios e até obras da construção civil. 

Em Vitória, além de Jardim Camburi, em primeiro no ranking, Jardim da Penha, Praia do Canto, Centro e Mata da Praia completam o top 5. 

Uma administradora de 33 anos, que sempre morou no Centro e prefere não se identificar, conta que o problema com som alto na região não é recente, mas tem se agravado. A casa onde vive com o marido, a filha e a mãe fica em uma região onde já existia três bares e outros dois surgiram em menos de três meses. Um deles improvisado em uma garagem. 

"Uma vez, com minha filha pequena, tive um surto porque as paredes tremiam com o barulho. Esses bares não têm isolamento de som, não têm estrutura nenhuma", lamenta a moradora. Ela aponta que, além disso, moradores também são incomodados por carros de som e festas que tomam as ruas, e não são as do período de carnaval. 

A administradora afirma que ainda não deixou o Centro porque tem laços afetivos com a casa, que foi de seus avós, e não gostaria de retirar a mãe do imóvel. Para tentar contornar o problema, ela sempre recorre ao disque-silêncio, mas não vê solução. "Acho que falta fiscalização. A gente chama, eles dizem que multam, mas a situação permanece. Uma hora a gente vai ter que sair daqui", desabafa. 

O secretário municipal de Meio Ambiente, Tarcísio Föeger, garante que todas as denúncias são analisadas pela equipe e que os estabelecimentos que descumprem as normas são notificados. Se persistirem desrespeitando a legislação, são multados e podem até ser fechados. "A gente tem feito muitas ações no Centro de Vitória, monitoramentos com a Guarda Municipal. Alguns bares até tiveram a atividade de música interditada", aponta. 

Tarcísio cita que, na região chamada de Laminha, em Jardim Camburi, bares reincidentes na emissão de som acima do volume permitido também foram interditados. 

"Toda atividade que queira desenvolver música ao vivo ou mecânica precisa de licenciamento ambiental. No processo, uma equipe de engenharia faz análise e solicita as medidas de adequação de controle de ruído, desde redução de potência das caixas de som até o isolamento total da área. Somente depois disso, a secretaria expede uma licença", explica. 

O secretário reconhece, porém, que a fiscalização tem que ser sistemática para dar resultados. Na região conhecida como Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, a incidência de reclamações reduziu nos últimos meses, segundo Tarcísio, devido às constantes ações fiscalizatórias. 

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