O setor de transporte no Espírito Santo receberá um volume de investimentos previsto em R$ 27,6 bilhões até 2026, dentro do Novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, lançado pelo governo federal na manhã desta sexta-feira (11). Os recursos serão destinados a obras que há anos enfrentam obstáculos para conclusão ou até para sair do papel. É o caso de rodovias federais, como as BRs 101 e 262, além de portos e ferrovias.
A lista das obras e projetos foi divulgada pela Casa Civil do governo federal. São elas:
RODOVIAS:
AEROPORTO:
FERROVIAS:
PORTOS:
No caso das rodovias, por exemplo, foram incluídas obras bem conhecidas e muito aguardadas por quem trafega pelas vias capixabas e que enfrentam muitos obstáculos para serem executadas. É o caso, por exemplo, da BR 101, cuja esperada duplicação foi suspensa, nove anos após a assinatura do contrato. Com pouco mais de 50 quilômetros concluídos, a empresa Eco101 decidiu devolver a concessão em julho do ano passado.
Não é diferente com a BR 262, que passou por várias tentativas de execução de obras de duplicação e de concessão, sem sucesso. Chegou-se até a acenar com a possibilidade de utilização dos recursos que os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais vão receber como reparação pela tragédia ocorrida em Mariana. Mas as negociações não avançaram.
Há ainda outras que também se arrastam, como o Contorno do Mestre Álvaro, na Serra, que sofre com os contínuos anúncios de falta de recursos e cujas obras caminham com os investimentos destinados por emendas parlamentares. Não é diferente com a BR 259, que sofre com a falta de duplicação e cujo projeto foi agora incluído nas obras do Novo PAC.
Outra que enfrenta muitas dificuldades para ser concluída é a BR 447, que tem 4,7 quilômetros de extensão e vai criar uma ligação direta entre a BR 262, em Viana, e o Cais de Capuaba, em Vila Velha. Chegou até a ser incluída no plano de 100 dias divulgado pelo Ministério dos Transportes, junto com a conclusão de alguns quilômetros na BR 101, sem sucesso.
Listada como uma das cinco obras em portos no Estado, a instalação do Porto Central, em Presidente Kennedy, vem se arrastando há pelo menos oito anos.
Como já relatado em A Gazeta, o porto-indústria privado — com uma retroárea de cerca de 10 milhões de metros quadrados, sem limitação de profundidade — foi lançado em 2012, com projeto revisto em 2015, mas até hoje não saiu do papel. Em maio deste ano, foi concedida a licença de instalação pelo Ibama e, nos próximos meses, deve ser iniciada a supressão vegetal na região.
Outro projeto apontado pelo governo federal é a revitalização dos galpões do porto em Vitória, hoje administrados pela Vports, antiga Codesa. No último mês de junho, a empresa anunciou que faltavam apenas algumas licenças para que a obra de recuperação do patrimônio fosse iniciada.
A lista de investimentos também traz uma obra a ser realizada pela Vale. A EF 118 é uma contrapartida assumida pela mineradora por conta da renovação antecipada da Ferrovia Vitória-Minas junto ao governo federal.
Pelo contrato assinado no final de 2020, a mineradora tem de entregar a ferrovia pronta entre Santa Leopoldina e Anchieta e precisa entregar o projeto executivo completo até a divisa com o Rio de Janeiro. A estrutura é tida como fundamental para o futuro da infraestrutura logística do Espírito Santo, segundo divulgou o colunista de A Gazeta Abdo Filho.
Da lista de 14 obras prioritárias apresentadas pelo governador Renato Casagrande ao governo federal, cinco não foram contempladas, sendo três delas na área de transportes. São elas:
Apesar de o governo do Estado ter elencado, as principais intervenções que precisam ser concluídas ou sair do papel, não havia garantia que todas seriam escolhidas.
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