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Padre procura por família que o abandonou recém-nascido em Aracruz

Padre procura por família que o abandonou recém-nascido em Aracruz

Marcelo Pinto Pádua, que atua na Paróquia de Laranja da Terra, foi deixado na porta de uma casa no distrito de Jacupemba, em Aracruz, em setembro de 1980

Publicado em 31 de agosto de 2021 às 16:34

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O padre Marcelo Pinto Pádua foi deixado na porta de uma casa em Aracruz há 41 anos
O padre Marcelo Pinto Pádua foi deixado na porta de uma casa em Aracruz há 41 anos. (Arquivo Pessoal)

Deixado na porta de uma casa no distrito de Jacupemba, em Aracruz, em setembro de 1980 — quando ainda era recém-nascido, o padre Marcelo Pinto Pádua, de 40 anos, está à procura de seus pais biológicos. Desde 2020, ele atua na Paróquia de Laranja da Terra.

Marcelo contou que foi deixado na porta da casa de Lourdes Busatto, que o encontrou por volta das 9h. Ela o levou a um farmacêutico, que fez os primeiros cuidados médicos e, duas semanas depois, foi levado para a casa da irmã de Lourdes, Evany Pinto Pádua, que o criou.

"Eu era bem novinho, havia acabado de nascer. Minha mãe conta que eu estava todo sujo de sangue. Ela me levou a uma farmácia. O farmacêutico, que naquela época era o médico do lugar, 'amarrou' meu umbigo e cuidou de mim. Minha mãe falou que fiquei com minhas tias por duas semanas. Depois, me levaram para Aracruz, onde fui criado", disse.

O padre explicou que, em Aracruz, foi criado por Evany e estudou até os 23 anos, quando deu início à vida de seminarista. Ele contou que chegou a voltar a Jacupemba para tentar encontrar algum registro que pudesse o ajudar a encontrar os pais biológicos, mas não conseguiu. Um dos fatores que o motivou a buscar quem é sua verdadeira família foi o falecimento da mãe adotiva, em 2012.

O padre Marcelo Pinto Pádua foi deixado na porta de uma casa em Aracruz há 41 anos
Padre Marcelo tem esperança de encontrar seus pais biológicos . (Arquivo Pessoal)

" Fui para Aracruz, onde cresci e estudei. Mas, até então, não havia me interessado em saber quem era. Essa mãe que me criou faleceu em 2012, antes de eu virar padre, um ano antes. Depois, cheguei a ir em Jacupemba, e falei com o farmacêutico. Fui à casa dele e o procuramos lá. Ele lembra do caso, mas não lembra da pessoa, não se recorda de detalhes", afirmou.

No início de 2020, pouco antes de ser anunciada a pandemia da Covid-19, Marcelo foi para Laranja da Terra e assumiu a paróquia do município. Ele contou que viu a reportagem sobre uma mulher que procurava o filho doado pelo pai no Espírito Santo e imaginou que pudesse ser sua mãe, mas os dados não bateram. Agora, ele segue com a esperança de conseguir encontrar sua família após quase 41 anos.

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