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Pai doa medula para salvar filho de doença rara em Vargem Alta

Pai doa medula para salvar filho de doença rara em Vargem Alta

Servidor público Julimar Paiva foi doador de medula óssea para salvar o filho José Rafael, de um ano e oito meses. Criança se recupera em Curitiba, no Paraná, onde tratamento é feito

Publicado em 5 de maio de 2021 às 20:03

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Casal Julimar e a esposa, Denise Paiva, com José Rafael
 Julimar e a esposa, Denise Paiva, com José Rafael. (Arquivo/ Julimar Paiva)

O funcionário público Julimar Paiva conta os dias para rever o filho José Rafael de volta em casa, no município de Vargem Alta, na Região Serrana do Espírito Santo. O menino, de um ano e oito meses tem a síndrome de Wiskott-Aldrich, uma imunodeficiência hereditária. Ele foi submetido a um transplante de medula óssea recentemente no Hospital das Clínicas de Curitiba, no Estado do Paraná e o doador com 50% de compatibilidade foi o próprio pai.

O pai conta que a doença provoca a redução de plaquetas, sangramentos, lesões na pele, prejudica a produção de anticorpos e só afeta meninos. O transplante aconteceu no mês passado. Agora, segundo o pai, o menino José Rafael passa pelos cuidados dos médicos da unidade e ficará longe da família pelos próximos quatro meses para o tratamento no Sul do país.

“O José Rafael está muito bem, ele teve alta nessa segunda-feira (03) e saiu do hospital. Está em acompanhamento na unidade, está numa crescente de melhora e daqui uns dias sai a pega da medula. Foi uma felicidade muito grande, uma satisfação e alegria que não tem explicação por poder salvar meu filho”, conta Julimar.

José Rafael permanecerá em Curitiba até o fim do tratamento
José Rafael permanecerá em Curitiba até o fim do tratamento. (Arquivo/ Julimar Paiva)

CASOS NA FAMÍLIA

A família luta contra a síndrome desde o primeiro filho, Pietro. Em 2016, Julimar e a esposa, Denise Paiva, perderam Pietro, com apenas seis meses de idade. Apesar de buscarem tratamento precoce, o diagnóstico somente foi concluído após o falecimento do bebê.

Maria Luiza, segunda filha do casal, não possui a doença. Mas, os outros dois filhos foram diagnosticados com a síndrome. Em João Miguel, terceiro bebê, a síndrome foi descoberta logo nos primeiros meses de vida.

“Nasceu com os mesmos sintomas de Pietro, era sangramento nas fezes e plaquetas baixas. Fez exame genético que é crucial e descobriu a síndrome. Ele passou pelo mesmo procedimento de José Rafael há alguns anos. A doadora da medula, 100% compatível, era dos Estados Unidos da América”, contou o pai.

Julimar espera a total recuperação do filho para que ele retorne ao Estado. “A saudade é muito grande, da minha esposa, do meu filho. Estamos em casa, mas incompletos, a felicidade só será completa quando estivermos todos juntos e ele curado e sadio. Vai ser uma felicidade muito grande”, disse Paiva.

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