Os pais dos alunos da escola de Pendanga, distrito de Ibiraçu, na região Norte do Espírito Santo, reivindicam melhores condições no transporte escolar dos filhos. Vídeos enviados à TV Gazeta mostram um veículo com a porta amarrada com cordas e folha de bananeira. Em outro registro, o transporte aparece sem a porta, um risco para a segurança das crianças.
Segundo os pais, os problemas são frequentes. "É porta caindo, transporte quebrando, criança chegando em casa toda suja porque os vidros do veículo não fecham", contou o pai de um aluno. "Já fui buscar os meus meninos duas vezes em Pendanga porque a van quebrou no caminho e eles não providenciaram outra para trazê-los em casa", disse outro pai.
Lorenzo Cuzzuol Sfalsin, que é aluno da escola de Pendanga, contou que usa o transporte escolar todos os dias e que tem medo de acontecer algo grave. "O câmbio do carro não está bom, a marcha não entra, às vezes a porta cai, aí a gente fica parado no meio da estrada, esperando outros carros passarem", disse o estudante à TV Gazeta.
Da escola onde Lorenzo estuda até a comunidade de Palmeiras, onde geralmente o último aluno é deixado pelo transporte, são 11 quilômetros de distância. Os riscos da viagem, segundo os pais dos alunos, aumentam em dias de chuva.
Eles afirmam que já procuraram o órgão fiscalizador do município, mas sem sucesso. "Dizem que vão mudar a licitação, mas nunca acontece. Continuam sendo os mesmos que fornecem o transporte. Além disso, eles não mandam outro veículo quando algum dá defeito no caminho, então as crianças perdem a aula", desabafou uma mãe.
A Prefeitura de Ibiraçu informou que a empresa contratada para o serviço já foi notificada para prestar esclarecimentos e realizar os reparos emergenciais na van que aparece com problemas na porta. A prefeitura comunicou ainda que foi agendada uma reunião para a próxima terça-feira (26) entre o executivo, a empresa contratada para o serviço e a comunidade para esclarecer a situação e apresentar soluções.
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) também foi procurado pela reportagem e informou que ajuizou uma ação civil pública para apurar as denúncias. Ainda segundo o MP, em uma audiência de conciliação, a empresa responsável pelo transporte se comprometeu a resolver todos os problemas encontrados em até 90 dias. Caso isso não aconteça, a Justiça pode determinar que o município contrate, de forma emergencial, outra empresa que atenda a comunidade.
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