Os pais dos alunos da rede municipal de ensino de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, reclamam do cardápio da merenda oferecida aos filhos. Isso porque a única proteína que tem aparecido no prato dos estudantes é o ovo. De acordo com o município, desde o ano passado, houve um problema no abastecimento de carne junto ao fornecedor.
Segundo os pais, o cardápio geralmente possui arroz, feijão, ovos mexidos e salada de repolho. A situação preocupa a mãe Anete Madeira Santana.
“Minha preocupação é que desde o ano passado está com este problema. Só é servido arroz, pepino, abóbora e não tem a carne. Só ovo, todos os dias. Se a prefeitura sabia do problema, por que não correu atrás? Muitas mães querem tirar os filhos do tempo integral por conta disso”, disse a mãe, em entrevista à repórter Bruna Hemerly, da TV Gazeta.
A situação se repete em todas as 81 escolas municipais da cidade. São quase 20 mil alunos recebendo a mesma alimentação. Segundo a Secretaria de Educação, a carne começou a faltar nas escolas em novembro do ano passado.
Por meio de nota, a pasta justificou que a interrupção do fornecimento aconteceu porque a única empresa habilitada pelo processo licitatório para fornecer a carne não cumpriu com as cláusulas, inviabilizando a efetuação da compra.
A prefeitura disse que um novo processo foi aberto e o resultado homologado nesta sexta-feira (11). A expectativa é de que a entrega dos produtos às escolas seja iniciado ainda nesta semana. Veja a nota na íntegra.
A Secretaria Municipal de Educação (Seme) de Cachoeiro de Itapemirim tem trabalhado de forma incessante para reabilitar o fornecimento de carnes para a merenda das escolas municipais.
Esse empenho fica demonstrado desde a interrupção do fornecimento, que se deu no início de novembro de 2021, em razão de a única empresa habilitada pelo pregão realizado para aquisição dos produtos não cumprir com as cláusulas contidas na correspondente Ata de Registro de Preços (017/2021), inviabilizando a efetuação da compra.
Foram inúmeras as tentativas por parte da Seme, junto à empresa fornecedora, para que as pendências demonstradas fossem resolvidas, mas não houve sucesso.
Diante disso, ainda em novembro, foi iniciado um novo pregão licitatório para aquisição da proteína. Esse processo teve seu resultado homologado nesta sexta-feira (11) e a expectativa é de que a entrega dos produtos às escolas seja iniciado ainda na próxima semana.
Importante destacar que, paralelamente, como forma de tentar restabelecer o fornecimento de carnes em menor tempo, a Seme chegou a realizar todos os procedimentos para uma compra emergencial dos produtos.
No entanto, as cotações de preço recebidas das empresas que tiveram interesse em realizar a entrega de forma emergencial e imediata estão superiores aos preços médios da licitação em andamento.
Considerando que os preços estão até 30% mais altos, que já há uma licitação em fase de conclusão e que há alimentação escolar adequada em todas unidades de ensino, com nutrientes suficientes para suprir as necessidades dos alunos (cereais, verduras, legumes, frutas, biscoitos, leite e ovos), a Seme e o Conselho Municipal de Alimentação Escolar – que tem acompanhado e apoiado as ações da pasta nesse processo – entendem que não seria adequado executar essa aquisição mais onerosa para o município.
A Seme reforça que o cardápio da alimentação escolar na rede municipal de ensino é elaborado de forma criteriosa por nutricionistas, visando assegurar a oferta de uma alimentação equilibrada, que atenda a todas as necessidades nutricionais dos estudantes. Para suprir a ausência temporária de carne, outras fontes de proteína têm sido usadas, sem prejuízo para a saúde dos alunos.
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