Logo cedo, pouco depois do nascer do sol, a consultora de negócios Flavia Sarte sai de Jardim Camburi, onde mora, em direção à orla de Camburi, na altura da Mata da Praia. O trajeto é todo feito de bicicleta pelo calçadão de Camburi e o destino é o local onde seu grupo pratica tênis de praia.
“Alio qualidade de vida e saúde com o que nos é oferecido pela cidade, de graça. O município tem seus problemas, mas a orla e as praias são muito bem cuidadas. Vitória é sinônimo de realização e satisfação", pontua Flavia, ao explicar que um de seus sonhos sempre foi morar próximo à praia e, quando mudou para a Capital do Espírito Santo, se identificou prontamente com o município.
Se uns aproveitam os calçadões e ciclovias que Vitória oferece para pedalar, outros já se aventuram nas ruas e avenidas. É o caso do juiz do trabalho Cássio Moro.
“Pratico ciclismo de estrada e Vitória me ajuda muito - o clima é ótimo, o relevo é propício, e aqui é um lugar seguro”. Ele é natural de Curitiba, no Paraná, e afirma que foi praticando o esporte que pôde descobrir mais a cidade.
Foi em novembro de 2020, quando estava na praia ao fim do dia observado outras pessoas praticarem canoa havaiana, que o advogado Vitor Piazzarollo decidiu começar a remar.
“Morar em Vitória para quem gosta de atividade física é uma experiência ímpar, e a cidade proporciona vários ambientes para que esse esporte seja explorado”. Foi pelo mar que ele descobriu “lugares que sequer sabia que existiam” e hoje tem um novo olhar para o lugar onde mora.
Piazzarollo, porém, não se limita a praticar somente um esporte. É de bicicleta que desde criança explora a Capital: “comecei a sentir a cidade dessa maneira. Primeiro pedalei pela orla de Camburi, depois fui além, em direção ao Centro. Vitória melhorou muito para os ciclistas. Hoje em dia tem muito mais ciclovias e está tudo interligado”, observa.
A prática esportiva em Vitória pode ser sozinha, em grupo e até orientada nas academias populares espalhadas pela cidade. Os equipamentos estão instalados em São Pedro, Santo Antônio, Resistência, Ilha de Santa Maria, Itararé, Tabuazeiro, Santa Martha, Horto de Maruípe e Goiabeiras. Todas funcionam com a presença de um profissional de Educação Física e ofertam atividades pela manhã e à noite.
A aposentada Maria Gomes da Cruz Fraga, de 78 anos, é frequentadora assídua do espaço no Horto, bem próximo de onde mora, no Bonfim. Ela se exercita no local desde a inauguração e faz isso para sua realização pessoal.
"Depois que me aposentei, tive o direito de fazer tudo o que eu queria fazer. Não faço para ninguém ver, faço algo que eu gosto. Amo fazer exercícios.”
Dona Maria chega cedo, às 6h30, e faz de tudo - diz que só não consegue pular porque o joelho não aguenta. Ela caminha, se alonga, e faz musculação. Já chegou a empurrar 80 quilos em um dos exercícios, mas, cheia de bom humor, afirma que "como já não está com a bola toda", prefere se limitar aos 40 quilos para fortalecer os músculos. "Nós temos a 'fichinha' onde olhamos o que tem que fazer. Os professores são ótimos - ensinam e corrigem".
Para se matricular em uma academia popular, segundo a prefeitura, é necessário ser morador de Vitória e se cadastrar em vixcursos.vitoria.es.gov.br. Na primeira aula, para validar a matrícula, é necessário apresentar identidade e CPF, comprovante de residência e atestado físico (para pessoas acima de 40 anos).
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