Diante da baixa adesão à vacinação contra a Covid-19 do público com menos de 25 anos no Espírito Santo, o governo do Estado avalia a implantação de novas estratégias para ampliar a participação. Uma das medidas é criar postos de imunização em escolas e ampliar o atendimento em terminais do sistema Transcol.
A informação é do secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, que, em entrevista à CBN Vitória neste sábado (21), disse que o Estado e municípios devem se mobilizar para imunizar mais pessoas dessa faixa etária.
“Isso poderá exigir que, nas próximas semanas, nós ajustemos as estratégias de vacinação para pontos noturnos, pontos nas escolas, pontos de alto fluxo, para poder garantir o alcance dessa população. Estamos ajustando principalmente com os grandes municípios, de termos a vacinação ocorrendo em terminais, em pontos noturnos onde sabemos que têm uma grande circulação de jovens”, pontuou.
O secretário avaliou que a comunicação adotada ao longo da pandemia, de que a doença atingiria especialmente idosos e pessoas com comorbidade, pode ter contribuído para uma menor percepção do risco por parte dos jovens. Mas, para conter a doença e avançar para o período pós-pandemia, ele reafirmou que a vacinação de toda a população é primordial.
“A mensagem comunicada ao longo da pandemia, vamos dizer que prejudicou um pouco a percepção de risco dos grupos mais jovens. Até porque a ampla maioria desenvolveu condições simples da doença. No entanto, é necessário avançar no controle da circulação do vírus para que possamos inaugurar o ciclo pós-pandêmico no país. Isso só será alcançado com uma ampla cobertura vacinal, permitindo que a população jovem e logo os adolescentes sejam alcançados com as duas doses das vacinas disponíveis”, destacou.
Na entrevista, o secretário também alertou a população de que a queda nos números de casos, internações e óbitos foi interrompida e que agora o Estado se encontra em um cenário de estabilidade.
“Neste momento, nós temos um contexto de alerta epidemiológico à população capixaba em que é necessário preservar as medidas de disciplina no baixo risco. Pois, temos sinais de estabilização que podem, nas próximas semanas, voltar a cair ou representar um aumento de casos, como tem acontecido nos Estados vizinhos. Não só a vacina deve ser questionada, se uma, duas ou três doses são suficientes, ou não. Precisamos reconhecer que o comportamento social das pessoas e a forma como algumas atividades não estão obedecendo aos protocolos, podem determinar muito mais do que o sucesso individual das vacinas”, ressaltou.
Por isso, Nésio reforçou a importância do respeito aos protocolos de uso de máscara e distanciamento, mesmo nos municípios classificados em risco baixo, para evitar o aumento dos indicadores e o retorno de restrições das atividades sociais.
“Boates, shows, eventos em locais fechados não estão autorizados com pista de dança. Todos devem reconhecer a sua responsabilidade. Neste momento, caso se aponte um comportamento de subida de casos, internações e, no futuro, de óbitos, nós podemos rever as medidas qualificadas da matriz de risco e tomar medidas mais duras nas atividades sociais e econômicas. Coisa que não desejamos, mas que o Estado não se furtará de fazer por uma boa gestão da pandemia”, completou.
Sobre a terceira dose da vacina em idosos, Nésio afirmou que o Estado aguarda apenas a autorização do Ministério da Saúde. Ele frisou que a aplicação poderá ser com a mesma vacina já aplicada na D1 e D2, ou com uma vacina diferente, a chamada vacinação heteróloga. “As duas opções, nós acreditamos, que serão apresentadas pelo Ministério da Saúde na próxima semana”, concluiu.
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