Com a pandemia do coronavírus parcialmente controlada, Estados e cidades pelo país têm passado a recorrer aos passaportes da vacina como uma forma de reabrir atividades até então proibidas e flexibilizar ainda mais o funcionamento de alguns setores.
Esse é o caso do Espírito Santo, que anunciou mudanças no formato do mapa de risco a partir de 8 de novembro. O novo modelo vai permitir que regiões que alcançarem a recém-criada classificação de "risco muito baixo” poderão passar a retomar de forma praticamente “normal” a vida.
No entanto, alguns protocolos básicos ainda terão que ser seguidos em determinados locais e será exigido o passaporte da vacina, que é o comprovante de que o cidadão tomou as doses do imunizante contra a Covid-19.
Esses passaportes são geralmente acessados por meio de um aplicativo em seu telefone ou, em alguns casos, são disponíveis versões impressas em papel.
Alguns países já instalaram suas próprias versões de passaportes da Covid-19, que permitem que as pessoas participem de eventos de grande escala e viajem para o exterior.
Mas afinal, o que realmente é esse documento, como ele funciona, quando será exigido e o que fazer para obtê-lo?
Segundo o governo do Estado, todos os eventos, sejam eles culturais, sociais ou econômicos, deverão exigir o passaporte da vacina independente da quantidade de participantes.
É importante lembrar que essas medidas valerão para regiões classificadas como de risco muito baixo. Com essa classificação, os estabelecimentos poderão funcionar, sem limitação de pessoas, seguindo o que diz o alvará do Corpo de Bombeiros.
A partir do dia 8 de novembro, uma nova matriz de risco passará a valer em todo o Espírito Santo para avaliar o potencial de transmissão da Covid-19.
Com a mudança, além das classificações já existentes (risco baixo, moderado, alto e extremo) haverá também uma quinta classificação, a de risco muito baixo.
De acordo com o governo estadual, para conseguir essa classificação, todas as cidades de uma determinada microrregião administrativa do Estado precisa atender aos seguintes requisitos:
No risco muito baixo, não haverá restrições desses estabelecimentos manterem um numero máximo de clientes dependendo da área disponível, mas ainda será preciso o uso de máscara tanto por clientes quanto por trabalhadores.
Atividades já são permitidas no risco baixo, porém com no máximo uma pessoa a cada 10m² de área do local. No risco muito baixo não haverá mais essa limitação. Será exigido o uso de máscara será mantido.
Atualmente, também é exigida a restrição do número de pessoas segundo o tamanho do estabelecimento, além de distância mínima entre as mesas. Essas medidas também serão extintas nos locais em risco muito baixo.
As boates estão proibidas de funcionar desde março de 2020, no início da pandemia. Com a extinção das medidas restritivas em vigor, elas poderão passar a funcionar nas regiões de risco muito baixo.
A partir do dia 11 deste mês, nas cidades de risco baixo, o rodízio nas escolas estaduais será suspenso, o que implica na volta ao ensino presencial para todos os estudantes. Com isso, o distanciamento entre as mesas, que era de 1,5 metros, volta para 1,2 metros, como era recomendado antes da pandemia. Para escolas municipais e privadas, o retorno é opcional. No risco muito baixo também não haverá restrições, a não ser a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscara.
Nas classificações de risco atuais (alto, moderado e baixo), há diferentes restrições para o funcionamento das academias, dependendo do tamanho do local e das atividades praticadas. No risco muito baixo, essas limitações são suspensas.
Na classificação de risco muito baixo, não haverá nenhuma restrição, ou seja, a lotação será aquela determinada no alvará do Corpo de Bombeiros de cada estabelecimento. Será exigido que todas as pessoas comprovem vacinação com duas doses ou com a dose única.
É o comprovante de vacinação de que o cidadão tomou as duas doses ou a dose única do imunizante contra a Covid-19. Ele pode ser pedido acessando o site ou aplicativo Conecte SUS.
No Brasil, a emissão pode ser feita pelo aplicativo do Conecte SUS. Ela é uma plataforma criada pelo governo federal para integrar todas as informações dos cidadãos que utilizam a rede pública de saúde.
O Conecte SUS é um aplicativo, do Ministério da Saúde, que registra toda a trajetória de quem busca atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Mostra, por exemplo, dados sobre atendimentos e internações do paciente.
Ele também dá acesso à Carteira Nacional Digital de Vacinação, permitindo que o cidadão consulte todas as vacinas aplicadas nas redes pública e privada, entre elas, a da Covid-19.
Pode ser acessado pelo site ou aplicativo, disponível em celulares com sistema iOS ou Android.
Acesse o serviço com o CPF cadastrado e a senha, e vá em "vacinas". Na sequência, clique no espaço onde mostra as doses da vacina contra a Covid. Serão exibidos os detalhes de cada uma delas e na parte inferior da tela você poderá clicar em "certificado de vacinação".
Feito isso, o documento será exibido e você pode validá-lo digitalmente pelo código ou QR Code oferecido. Para ter a versão em PDF, basta clicar na seta que aparece no canto superior direito da página.
Várias atividades precisaram cobrar o comprovante de vacinação. Lembrando que em templos religiosos não vai ser preciso o passaporte da vacina. Veja abaixo:
O passaporte da vacina será exigido para entrar em festas de casamento ou formatura, congressos e outros eventos acadêmicos e econômicos, além dos shows e apresentações culturais.
Comprovante será cobrado para entrar em boates, cinemas e teatros.
Passaporte será necessário para visitar detentos no sistema prisional.
O passaporte da vacina será necessário para visitar asilos.
De acordo com a Secretaria de Educação (Sedu), em 2022, as unidades de ensino da rede pública e particular poderão solicitar a carteira de imunização dos alunos no ato da matrícula.
Algumas empresas do Estado já estão exigindo o passaporte da vacina, como é o caso da Rede Gazeta. Os funcionários terão que comprovar a vacinação contra Covid-19 até o próximo dia 28 de outubro.
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