Com o mês de abril se aproximando, o Espírito Santo se prepara para um dos eventos religiosos mais esperados do ano: a Festa da Penha, que homenageia a padroeira do Estado, Nossa Senhora da Penha. E, em 2023, a celebração apresenta o tema “Com Maria, Chamados a Servir”, lembrando da importância de os fiéis estarem a serviço de Deus e das comunidades.
E uma das ações da Igreja Católica voltadas para servir e atender a necessidades de comunidades no entorno de cada paróquia é a pastoral, que desempenha um papel importante na vida da Igreja, pois trabalha em diferentes áreas, como catequese, saúde, juventude, entre outras.
Essas atividades são importantes porque ajudam a promover a solidariedade, a caridade e a formação cristã, além de auxiliar no desenvolvimento da comunidade e na resolução de problemas sociais.
Na Arquidiocese de Vitória, atualmente, são 11 pastorais atuantes com o objetivo de promover a dignidade humana, contra a fome e pela inclusão social, segundo informou padre Kelder Brandão, vigário para Ação Social. Elas ainda atuam com campanhas permanentes no combate à fome e coordenam pastorais sociais e projetos sociais, além do contato da Igreja com a comunidade e movimentos populares.
"Todas as pastorais têm um caráter assistencial e, ao mesmo tempo, institucional e político. Ali, a gente atende as demandas das pessoas necessitadas de acordo com a categoria e também cobra para que haja politicas públicas voltadas para esse público", afirma o padre.
Padre Kelder exemplifica alguns dos trabalhos realizados pelas pastorais que atuam na Grande Vitória para ajudar quem necessita. Existe a Pastoral da Criança, que atende crianças até 6 anos e gestantes, fazendo um trabalho de conscientização das mães para a importância do pré-natal e dos cuidados com o bebê após o nascimento.
Voluntários fazem visitas domiciliares e palestras, além de monitoram o peso da criança. "Essa pastoral foi fundamental para a superação da desnutrição do Brasil, pois distribuiu a multimistura, que é rica em proteína e carboidrato", detalha.
A Pastoral da Saúde também realiza um trabalho importante de terapias alternativas e medicamentos fitoterápicos, xarope para tosse e visitas hospitalares.
Já a Pastoral do Menor trabalha com crianças e adolescentes em risco de vulnerabilidade, com reforço escolar e, dependendo da região, são oferecidas oficinas de dança, teatro e outras atividades de contraturno.
Há ainda um trabalho para ajudar famílias de pessoas com Aids e atuação também na sobriedade e contra a dependência química, com reuniões e projetos.
Contra a fome, ainda é desenvolvida a Campanha Paz e Pão. Em três anos, o padre conta que já foram distribuídas mais de 60 mil cestas básicas para famílias em vulnerabilidade alimentar: "O número de voluntários só cresce", destaca.
Outro trabalho realizado pelas pastorais é de auxílio a pessoas idosas. Quem está à frente dessas essas ações é Adriana Nunes Oliveira Pinto, coordenadora da Pastoral da Pessoa Idosa. O grupo atua fazendo visitas domiciliares e levando informações sobre direitos da pessoa idosa, além de ajudar a preparar um ambiente para eles terem qualidade de vida e alimentação saudável. E ainda faz palestras semanalmente com informações importantes para o dia a dia.
"Fazemos visitas mensais às famílias e vamos orientando sobre as questões de saúde, de direito e encaminhando para os serviços públicos ou unidades de saúde nos arredores da paróquia. Cada líder acompanha até 10 famílias", conta o sacerdote.
Adriana fala que Nossa Senhora da Penha tem papel essencial na sua vida e na sua missão. E acrescenta que todos os idosos têm relação muito próxima com Maria, sendo que "Ela está presente em todas as visitas que fazem".
A Pastoral da Saúde é outro trabalho de destaque de algumas paróquias da Grande Vitória. Em Jardim Camburi, na Capital, atua em áreas como a acolhida de idosos e visitas a hospitais. A ação também conta com uma farmacinha comunitária, como relata a voluntária Sonia Freire.
Na farmacinha, as voluntárias oferecem tratamentos alternativos com combinações de chás, remédios fitoterápicos, xaropes para tosse e também trabalho em bioenergia, tudo voltado para a cura. Sonia conta também sobre as visitas a hospitais, ato com que mais se identifica.
"Comecei há mais de 30 anos, fazendo visita no hospital de Itanhenga (que cuidava de pacientes com hanseníase). Além das visitas, também celebramos uma missa às sextas pela manhã na capela do Vitória Apart Hospital, na intenção dos enfermos", relata.
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