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Pedágio, mirante e equipamentos elétricos: as regras da ciclovia na Terceira Ponte

Pedágio, mirante e equipamentos elétricos: as regras da ciclovia na Terceira Ponte

O secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura explicou o que prevê o projeto e disse que não será permitido fazer caminhada na ciclovia

Publicado em 24 de setembro de 2020 às 14:04

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Esboço de como vai ficar ciclovia na Terceira Ponte
Esboço de como vai ficar ciclovia na Terceira Ponte. (Divulgação | Governo do Estado)

As obras de ampliação na Terceira Ponte só devem ficar prontas em 2023. Entre as novidades previstas, a ciclovia é uma das mudanças que mais geram curiosidade e expectativa. A área destinada aos ciclistas terá até mirante, com vista para a Baía de Vitória e o Convento da Penha. Nesta quinta-feira (24), em entrevista à Rádio CBN Vitória, o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, explicou o que prevê o projeto e algumas regras para os ciclistas.

As ciclovias serão formadas por estruturas metálicas, que ficarão instaladas para fora das duas laterais da plataforma de concreto da Terceira Ponte, ficando abaixo da altura da mureta metálica de onde passam os veículos. Dessa forma, não será possível que o ciclista visualize os carros da via e possibilitará que os motoristas mantenham a visibilidade das paisagens ao redor da ponte. Cada via para bicicletas terá três metros de largura, contando assim com duas faixas. 

CICLISTA NÃO VAI PAGAR PEDÁGIO

De acordo com o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, a instalação da ciclovia foi pensada para favorecer a mobilidade urbana das cidades de Vitória e Vila Velha e, por isso, não faz sentido cobrar pedágio do ciclista.

"É uma estrutura com três metros de largura, abaixo no nível da ponte, com proteção contra escalada, contra tentativa de suicídio. Ela é projetada para incentivar o uso da bicicleta, a mobilidade urbana,  não tem por que se cobrar pedágio nesse caso. O ciclista não vai pagar pedágio", garantiu Damasceno.

NADA DE CAMINHADA OU VEÍCULOS ELÉTRICOS

A ciclovia será de uso exclusivo dos ciclistas. Segundo Damasceno, não será permitido fazer caminhadas ou trafegar com veículos elétricos, como patinetes e bicicletas motorizadas.

"Não é para se andar a pé, até porque 4 quilômetros é uma distância longa para caminhadas. É exclusivo para bicicleta. A ciclovia é para equipamento de propulsão humana, bicicletas comuns, que podem ser adquiridas pela maioria da população. Não é a finalidade circular com equipamentos elétricos, que podem atingir velocidades maiores", ressaltou o secretário.

Esboço de como vai ficar ciclovia na Terceira Ponte
Esboço de como vai ficar ciclovia na Terceira Ponte. (Divulgação | Governo do Estado)

Ainda de acordo com Damasceno, o projeto foi pensado para integrar a ciclovia da Terceira Ponte com as ciclovias de Vitória e Vila Velha. "Pelo lado de Vitória, vai integrar com a ciclovia que liga ao shopping, foi projetada para conectar lá. Em Vila Velha, vai ligar as ciclovias perto das avenidas Champagnat e da Gil Veloso. Foi projetada para conectar com as ciclovias da cidade. As prefeituras também têm que ter os seus projetos para conectar essas ciclovias ao restante da cidade", esclareceu.

MIRANTE

As ciclovias serão de mão única e o projeto prevê que o trecho que vai ligar Vitória a Vila Velha seja construído primeiro. "Quando a primeira ciclovia ficar pronta, abriremos para o sentindo duplo, porque as pessoas precisam circular. Mas, depois, com as duas ciclovias prontas, passa a ser mão única", explicou o secretário.

Próximo ao vão central, a estrutura da ciclovia terá um alargamento – chegando a seis metros de largura – e funcionará como uma espécie de mirante. Nesse ponto haverá uma espécie de "baia de descanso", onde o ciclista vai poder apreciar a vista do alto da Terceira Ponte. 

"O mirante são 6 metros. Ali a pessoa vai poder sair da bicicleta e vai ter uma baia de descanso. Para usufruir desse equipamento de proteção, aproveitar a vista bonita do local", detalhou.

CONTROLE DE ACESSO

Embora a cobrança de pedágio para ciclistas esteja completamente descartada, o governo do Estado ainda estuda uma forma de controlar o acesso à ciclovia e saber quem são as pessoas que vão circular pelo local. Uma das possibilidades seria através do cartão GV, já usado no transporte público, mas sem cobrança de qualquer valor.

"A gente sabe que tem gente que acaba não tendo educação, cuidado, no uso de equipamento público. O cartão seria uma forma controle de acesso da ciclovia, sem cobrança de nenhum tipo, do mesmo jeito que a gente tem câmeras nas principais vias das cidades. Mas isso não está definido, vamos estudar as possibilidades nos próximos anos. Nesses três anos podem surgir tecnologias, outras alternativas", comentou.

Conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro, o ciclista deverá utilizar equipamentos de proteção, como capacete, e de sinalização, como buzina e lanternas. "A maioria das pessoas hoje já respeita. Mas, se for necessário, faremos campanha de conscientização sobre o uso do capacete e da buzina", finalizou Damasceno.

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