Desde 2015, um grupo de voluntárias se reúne em prol de uma causa muito nobre em Cachoeiro de Itapemirim: atender a um pedido especial, de uma criança, que hoje é uma "estrelinha no céu". Há sete anos, Enzo Dalto, então com 9 anos, morreu de câncer de linfoma, Antes de partir, porém, ele deixou um pedido aos pais e foi prontamente atendido.
O desejo? Enzo queria que cachorrinhos fossem distribuídos para crianças nos hospitais. O pedido especial fez surgir a ONG "Enzo Social" pouco depois que o menino se foi.
O garoto foi diagnosticado com a doença em 2014, quando tinha apenas 8 anos. Para ajudá-lo, diversas pessoas se mobilizaram no Estado e realizaram campanhas para que ele pudesse receber a medula óssea. Diante da gravidade do caso, ele teve que ir para São Paulo prosseguir com o tratamento.
No hospital paulista, Enzo ganhou uma "cachorrinha" por meio de um projeto social. Ele a batizou de Mel e foi amor à primeira vista.
“Durante esse período, ele recebeu a cachorrinha de pano e era uma pessoa muito especial. Como achava que não poderia ter no hospital um cachorrinho de verdade, que tinha em Cachoeiro, a Mel, ele se apaixonou pelo cachorrinho de pano”, contou a avó de Enzo, Teresinha Dalto.
No entanto, o quadro agravou. E antes de falecer, o menino fez um pedido aos familiares.
“Ele pediu aos pais e as avós para que a gente criasse algo que desse ajuda a todas as crianças em dificuldade. E pediu que a gente confeccionasse cachorrinhos de panos e distribuísse nos hospitais. Segundo ele, as crianças não tinham que ficar só levando agulhada, tomando remédio, tinha que ter algum momento de distração e alegria. Para ele, esse cachorrinho de pano era uma companhia indispensável”, falou a vó.
O desejo do Enzo foi atendido e os pais dele criaram a ONG “Enzo Social”. Atualmente, os voluntários se reúnem diariamente para confeccionar os cachorrinhos levados para vários hospitais do município. Eles são doados para crianças hospitalizadas.
A aposentada Rosemary Scaramussa produz os animais de pano na máquina de costura. Ela entrou no projeto a partir de uma experiência pessoal e o trabalho se tornou uma espécie de terapia.
“A minha entrada na ONG foi através de um sofrimento muito grande, que é um filho que eu tenho adicto (dependente químico), e eu ficava as madrugadas todas esperando ele acordado para saber se ele ia retornar ou não. Aí um dia eu perguntei à Leticia (integrante da ONG) se ela arrumaria alguma coisa para eu fazer. Ela falou ‘se você quiser ser a costureira, você vai ser a nossa costureira. A partir daí, nunca mais parei de costurar”, explicou.
Os brinquedos são distribuídos três vezes ao ano: no dia do aniversário do Enzo, 29 de abril; Dia das Crianças e no Natal. Em média são 280 cachorrinhos entregues por ano. Para a engenheira civil Leticia Ávila Fabris, participar do projeto é gratificante.
“Eu sempre tive vontade de participar de uma ONG, mas eu não sabia como. Aí eu soube da história do Enzo e minha sobrinha me levou para participar. Não tem como não se emocionar e não fazer parte disso”, expressou.
Esse é o legado de Enzo em prol de centenas de crianças que, talvez, necessitam apenas de um mimo para continuarem a lutar pela vida. Para ajudar o projeto, a colaboração pode ser feita por meio do número (28) 99885-4120 (Letícia).
Com informações da TV Gazeta Sul.
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