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Pesquisadoras visitam ilha do ES para estudar cobra que só vive por lá

Pesquisadoras visitam ilha do ES para estudar cobra que só vive por lá

A pesquisa é desenvolvida na ilha que fica a cerca de 4 quilômetros do litoral de Itapemirim. A estimativa é que cerca 1,2 mil cobras vivam no local, uma delas exclusiva da ilha

Publicado em 10 de outubro de 2022 às 18:53

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Um grupo de pesquisadoras visitou a Ilha dos Franceses, que está localizada a quatro quilômetros da Praia de Itaipava, em Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Estima-se que existam cerca de 1,2 mil cobras no local e uma delas é de uma espécie exclusiva, que só existe na ilha.

Ao todo, seis pesquisadoras  embarcaram para a ilha – que poderia se chamar "Ilha das Cobras" – onde pretendem estudar a espécie única e que já está ameaçada de extinção: a Bothrops sazimai. Contudo, para encontrar este réptil raro, é preciso esperar anoitecer.

O repórter Roger Santana, da TV Gazeta, acompanhou a equipe no local para uma matéria especial no Fantástico, da Rede Globo. Segundo ele, procurar uma serpente na escuridão exige um olhar atento e treinado, uma vez que as cobras costumam se esconder em meio à vegetação, árvores, pedras e no chão.

A pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Ligia Amorim, explicou como é feita a avaliação das serpentes após serem capturadas para análise. “A gente contém o animal no tubo, tira as medidas, logo depois verificamos se é macho ou fêmea”, contou.

Pesquisa na Ilha dos Franceses, em Itapemirim, onde vivem mais de 1,2 mil cobras
Na Ilha dos Franceses, quem manda mesmo são as cobras raras e que só existem por lá. (Matheus Martins)

O estudo está no começo e empolga a bióloga e coordenadora do Programa Conservação da Jararaca da Ilha dos Franceses, Jane de Oliveira. É importante destacar que, se a projeção de 1.200 cobras se confirmar, essa seria a ilha com maior densidade de cobras do Brasil.

Aspas de citação

Nada melhor que uma ilha para a gente encontrar desafios, né? Quando eu cheguei  pela primeira vez, eu encontrei a Jararaca pela primeira vez. Já sabia que não ia sair daqui tão cedo

Jane de Oliveira
Bióloga
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Há milhares de anos, no continente, existia apenas a Jararaca. No entanto, com a subida dos oceanos, algumas ficaram isoladas na pequena ilha que se formou. “Ela foi sofrendo essas modificações até se tornar tão diferente da outra, a ponto de ser outra espécie”, informou Jane.

Pesquisa na Ilha dos Franceses, em Itapemirim, onde vivem mais de 1,2 mil cobras(Matheus Martins)

Outras diferenças ainda precisam ser descobertas. As pesquisadoras querem tatuar todas as serpentes com uma tinta que brilha no escuro e acompanhar melhor a vida delas na ilha. “Nos vamos levar para o Instituto Butantan (em São Paulo) e lá eles vão fazer outros estudos que não são possíveis aqui no campo”, apontou a bióloga.

Com informações do repórter Roger Santana, da TV Gazeta, e do G1.

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