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Piscina desaba no ES: construtora de prédio fará pagamentos a moradores

Piscina desaba no ES: construtora de prédio fará pagamentos a moradores

Expectativa do síndico é que cerca de 70% das famílias voltem ao edifício Parador, em Vila Velha; acordos devem ser assinados até sábado (1)

Publicado em 29 de abril de 2021 às 18:59

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A piscina do edifício de luxo Parador Residence, em Itaparica, desabou durante a noite de ontem, (22), não houve feridos
Parador é um edifício de luxo localizado de frente para o mar da Praia de Itaparica, em Vila Velha. (Fernando Madeira)

Depois de verem a piscina do prédio simplesmente desabar, os moradores do edifício Parador, em Vila Velha, receberão um valor – não revelado – da construtora responsável pelo empreendimento. Segundo o síndico Gilmar Assumpção, a maioria das famílias deve assinar o acordo até o próximo sábado (1).

Piscina desaba no ES - construtora de prédio fará pagamentos a moradores

As possibilidades a respeito do retorno foram definidas em assembleia realizada na última terça-feira (27). "A reunião aconteceu no final da tarde e ficou decidido que cada morador tem a opção de voltar, ou não, para o condomínio. A estimativa foi que 70% deles voltariam, mas não tenho como precisar", informou o síndico.

Segundo ele, a quantia a ser paga pela construtora varia conforme o tamanho do apartamento. "Eles estipularam um valor a ser pago por metro quadrado. Quem não for voltar, receberá o valor integral. Quem voltar, receberá metade desse valor", detalhou, dizendo que parte dos contratos ainda está sendo redigida.

Quanto à piscina, Gilmar Assumpção disse que a reforma está na fase de planejamento da demolição e do canteiro de obras. "O risco já está controlado, mas estamos aguardando a permissão para iniciar o trabalho. A previsão é que as obras comecem daqui a duas semanas", revelou, sem estipular um prazo para a entrega.

Na segunda-feira (26), o coordenador da Defesa Civil de Vila Velha, Marcelo D'Isep, afirmou que, após vistoria feita em conjunto com um perito contrato pelo condomínio e com representantes da Defesa Civil Estadual e da construtora, ficou constatado que a estrutura da edificação não foi comprometida.

Porém, no início desta semana, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) ainda aguardava o recebimento dos laudos técnicos conclusivos para ter certeza da segurança. Até a noite desta quinta-feira (29), o Crea-ES não informou se recebeu os documentos e se pode analisá-los.

O QUE DIZ A CONSTRUTORA

A reportagem de A Gazeta questionou a Argo Construtora se já realizou o envio do laudo técnico da vistoria feita no edifício Parador para o Crea-ES e fez perguntas relacionadas ao acordo oferecido aos moradores, incluindo a motivação, a quantia a ser paga e quantas famílias aceitaram voltar para o prédio.

Porém, a empresa se limitou a dizer que fez uma reunião com os moradores e que "vários deles já têm retornado aos apartamentos". "Tendo em vista que as vagas das garagens estão parcialmente interditadas, a construtora está buscando terreno próximo para transformar em estacionamento", concluiu, em nota.

PISCINA DESPENCA: RELEMBRE O CASO

Durante a noite da última quinta-feira (22), a piscina do edifício Parador despencou sobre a garagem do prédio, localizado na Praia de Itaparica, em Vila Velha. O acidente aconteceu por volta das 22h. Por sorte, ninguém ficou ferido. Logo após a constatação do problema, o local precisou ser evacuado.

Piscina do Edifício Parador em foto divulgada no site da construtora
Piscina do edifício Parador em foto divulgada no site da construtora Argo. (Divulgação | Argo)

De acordo com moradores, a piscina era uma raia de 25 metros com água aquecida e, durante o ano passado, chegou a ser interditada por causa de um vazamento. A reforma durou três meses. Considerado de luxo e de frente para o mar, o edifício foi entregue pela Argo Construtora em 2018.

Após o desabamento, análises iniciais feitas por engenheiros do Crea-ES mostraram que o aço que recobria o fundo da piscina estava corroído e não estava preso. A queda da estrutura causou danos no subsolo do prédio. Por alguns dias, o fornecimento de gás e energia elétrica precisou ser interrompido.

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