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Plantas aquáticas cobrem lagoa de Itapemirim e causa pode ser esgoto

Plantas aquáticas cobrem lagoa de Itapemirim e causa pode ser esgoto

Local é um dos atrativos turísticos do município. Biólogo e prefeitura afirmam que fenômeno ocorre quando há esgoto na água, ou plantações adubadas às margens do local

Publicado em 3 de maio de 2022 às 18:19

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Plantas aquáticas cobriram a Lagoa Guanandy, no município de Itapemirim, no Sul do Estado, e a situação preocupa moradores da região. O local, além das praias, é um dos principais atrativos da região. Veja abaixo imagens do local, antes e após a vegetação tomar conta da superfície da lagoa:

A lagoa, segundo apuração da TV Gazeta Sul, integra o Corredor Ecológico do Guanandy e é muito frequentada por banhistas, principalmente no verão. Além disso, a área apresenta importantes remanescentes de restinga, em especial, da mata seca.

A vegetação que tomou a superfície da lagoa chamou a atenção de pessoas que passam pela região, que temem riscos de contaminação no local. Para esclarecer o assunto e explicar o fenômeno, a reportagem ouviu o biólogo Helimar Rabelo.

Aspas de citação

A planta em questão é do gênero Salvinia, uma planta aquática que ocorre naturalmente na nossa região. E ela é bioindicadora: quando há o aumento de alguns compostos na água como, por exemplo, nitrogênio, potássio e fósforo, ela começa uma superprodução e pode cobrir áreas imensas de lagos e lagoas

Helimar Rabelo
Biólogo
Aspas de citação

Segundo o biólogo, o fenômeno é natural e ocorre quando há esgoto na água, ou plantações que as pessoas adubam nas margens. Ele explicou que a chuva, ou algum outro meio, pode com que o adubo tenha contato com a água.

Diante disso,  Helimar Rabelo esclarece o que pode ser feito para evitar. “É preciso verificar se há esgoto, provavelmente deve ter algum esgoto, alguma vala levando água para a lagoa, e também observar as plantações que possam ocorrer próximas e fiscalizar isso”, disse.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Prefeitura de Itapemirim disse que o fenômeno acontece anualmente. Segundo a administração municipal, em nota, técnicos do Departamento de Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Semma) “estão acompanhando o aumento do número de macrófitas na Lagoa Guanandy, uma vez que houve um considerado aumento das referidas plantas aquáticas”.

A prefeitura disse ainda que a vegetação está influenciando e acelerando o envelhecimento da lagoa, o que pode causar o aumento do processo de assoreamento. “Ao que tudo indica, está ocorrendo a entrada de matéria orgânica de origem antrópica no meio aquático, aumentando muito a quantidade de nutrientes disponíveis no meio, desequilibrando os processos de fotossíntese e decomposição”.

Por fim, a prefeitura explicou que o processo é chamado de eutrofização e, muita das vezes, é motivado pelo despejo de esgotos ou de produtos como o vinhoto, que prejudicam o ambiente. Sabendo disso, para solucionar o problema, a administração municipal comunicou que está contratando uma empresa especializada no serviço de remoção de macrófitas na Lagoa Guanandy.

Plantas aquáticas cobriram a Lagoa Guanandy, no município de Itapemirim, no Sul do Estado (Redes Sociais)

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