A Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp), dando apoio a uma ordem judicial, atuou na manhã desta quinta-feira (11), no balneário de Itaúnas, em Conceição da Barra, Norte do Espírito Santo, na reintegração de posse de uma área da Suzano, empresa de papel e celulose localizada na região.
Segundo informações da Polícia Militar, a empresa demoliu as casas construídas de forma irregular no local, e as pessoas que não quiseram sair, tiveram seus imóveis recolhidos e foram direcionadas a uma área da organização. No local, segundo a polícia, a empresa deu o suporte logístico e social às famílias que estavam na área.
Durante a manhã desta quinta-feira (11), telespectadores da TV Gazeta Norte enviaram imagens à reportagem, mostrando como estava o fluxo de policiais militares, de caminhões e de máquinas usados nas demolições, na estrada que dá acesso às áreas. Veja no vídeo abaixo.
Em janeiro de 2021, uma reportagem de A Gazeta mostrou que a polícia investigava um esquema irregular de venda de áreas invadidas em Itaúnas. Os supostos donos das áreas prometiam terrenos grandes e terras férteis. Mas os territórios, no entanto, seriam privados e fruto de invasões. Na época, a Polícia Civil disse suspeitar da ação de associações criminosas na região.
Segundo a Suzano, a área onde ocorreu a ação desta quinta-feira (11) estava ocupada irregularmente e vinha sendo alvo de atividades ilegais e danosas, tanto ao meio ambiente, colocando em risco as áreas de preservação ambiental, incluindo o Parque Estadual de Itaúnas, quanto às comunidades tradicionais do seu entorno.
Por meio de nota, a Suzano afirma que após a reintegração da área, pretende retomar suas atividades produtivas e continuar seus investimentos sociais e ambientais em Conceição da Barra. "Em qualquer ação nos territórios onde está presente, a Suzano prioriza a relação humanizada com a sociedade, incluindo, em tempos atuais, os cuidados relacionados ao Covid-19", informa o texto.
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