Moradores de 14 comunidades no interior de Castelo, no Sul do Espírito Santo, estão enfrentando dificuldades para chegar até a sede do município. Isso porque a ponte, que fica em Ribeirão do Meio e é usada por cerca de 600 moradores, está interditada e os desvios são longes e estão em péssimas condições, segundo a população.
A interdição foi feita pela Prefeitura de Castelo no início do mês e a justificativa é que a estrutura apresenta problemas, no entanto, quem tem moto, ainda se arrisca e passa pela ponte, mesmo interditada.
O encarregado de expedição Maicon Barbosa disse que prefere passar por ali, devido às condições das opções de desvios. "O jeito é se arriscar porque passar pelos desvios não dá. A condição é precária, muito ruim. E os outros são longe demais. Tem que resolver esse problema aqui", afirma.
Um dos desvios mais usados pelos moradores apresenta outro problema: o estado da estrada, principalmente, em dias de chuvas. Neste período de chuvas, além dos buracos, os motoristas enfrentam pontos de alagamentos, por causa de um riacho que passa bem próximo e transborda quando está cheio. Há duas semanas, um caminhão ficou atolado e foi preciso um trator para retirar o veículo.
Em outro desvio, que passa pela comunidade de Montepio, um ônibus ficou atolado e os estudantes da região têm enfrentado problemas para ir à escola.
O produtor rural Celso Frossard contou que em um raio de 10 quilômetros essa é a quarta ponte da região que está interditada por problemas na estrutura. "Isso tem que resolver porque eu posso ter problema até para escoar a produção, porque nos outros desvios não dá pra passar", reclama.
De acordo com a prefeitura, a ponte foi interditada acompanhando o laudo da Defesa Civil Municipal e da Secretaria de Obras devido a problemas estruturais gravíssimos em que a estrutura se encontra totalmente comprometida. As vigas de 12 metros estão bambas e é possível mexê-las com os pés.
A previsão de realização da obra depende da tramitação e cumprimento dos prazos que as leis exigem. O levantamento topográfico e o projeto para realização da nova ponte estão concluídos.
Ainda segundo a prefeitura, as rotas não estão em boas condições devido às fortes chuvas há mais de 20 dias nos locais, com alagamentos quase diários. O fato de se situarem no Parque Estadual da Mata das Flores, impede a realização de grandes intervenções. Porém, as máquinas do município estão nas referidas estradas constantemente, tendo sido realizadas e danificadas pelas chuvas e alagamentos quatro vezes nesses últimos 20 dias.
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