A vacinação contra a Covid-19 no Espírito Santo avança, e novas recomendações foram anunciadas para grávidas e puérperas (mães que deram à luz com menos de 45 dias), lactantes (mulheres que estão amamentando) e adolescentes entre 12 e 17 anos de idade com comorbidades.
Em meio a dúvidas que surgiram sobre as novas diretrizes, A Gazeta esclarece as principais, com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e de especialistas.
Não há estudos com esses dados. O importante é garantir a imunização contra a Covid-19 para evitar a doença na gravidez. No entanto, segundo especialistas, seria interessante tomar a vacina entre o terceiro e sexto mês de gestação. Isso porque na última fase da gestação, o corpo da mulher já está se preparando para o parto, e é importante evitar quaisquer problemas de saúde, sobretudo a Covid-19, que aumenta a chance de um parto prematuro e de insuficiência respiratória da gestante.
Sim. Em maio, após a morte de uma gestante que tomou a AstraZeneca, o Ministério da Saúde interrompeu a aplicação dessa vacina nas grávidas e puérperas, que passaram a receber doses de outros fabricantes. Mas quem já tinha recebido a primeira dose continuou sendo vacinada com a AstraZeneca no momento da segunda dose.
Na última sexta-feira (23), no entanto, a recomendação do Ministério da Saúde passou a ser aplicar a segunda dose da Pfizer nas grávidas que receberam a primeira dose da AstraZeneca. O prazo continua o mesmo: 90 dias depois da primeira aplicação. O ministério também está orientando a intercambialidade, ou seja, a aplicação de vacinas de fabricantes diferentes na mesma pessoa, em brasileiros que receberam a primeira dose no exterior e, já no Brasil, não tenham à sua disposição o mesmo produto.
Durante coletiva de imprensa, o Secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, disse que o protocolo de iniciar e completar o esquema vacinal nas gestantes está mantido, mas que, excepcionalmente, em decorrência de efeitos graves em gestantes, pouco mais de 3 mil grávidas e outra quantidade que não se encontrava em gestação poderão ser todas imunizadas, com prazo de 12 semanas, com a vacina da Pfizer.
O Ministério da Saúde realizou estudos sobre a intercambialidade dos imunizantes usando a vacina da Pfizer e, por isso, ela foi escolhida em vez da Coronavac, sobre a qual ainda não há dados, embora existam estudos em andamento. Apenas na falta da Pfizer é que a Coronavac deverá ser aplicada. As pessoas imunizadas com vacinas diferentes deverão ser informadas sobre a limitação de dados e da relação entre risco e benefício.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a vacinação contra Covid-19 na lactante tem como objetivo propiciar a proteção dessas mulheres contra a Covid-19, diminuindo, portanto, o risco teórico de transmitir a infecção aos filhos das mães vacinadas. Além disso, o leite materno contém anticorpos (IgA secretória contra o SARS-CoV-2) que poderiam potencialmente proteger o bebê amamentado.
Em agosto, segundo declaração do governador Renato Casagrande durante um evento realizado em Vila Velha no dia 12 de julho.
"Até o final deste mês, início do mês que vem, nós vamos dar início à vacinação desse próximo grupo, formado por lactantes e adolescentes entre 12 e 17 anos de idade que tenham alguma comorbidade", afirmou Casagrande.
Os adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades, deficiência permanente, grávidas ou puérperas serão vacinados com a vacina Comirnaty, do laboratório Pfizer/BioNtech, e as lactantes serão vacinadas com a vacina Coronavac, do laboratório Sinovac/Butantan.
No dia 5 de julho, em entrevista coletiva, o Secretário Estadual de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, anunciou a vacinação, com o imunizante da Pfizer, de 23 adolescentes capixabas portadores de fibrose cística, uma comorbidade que afeta os pulmões e o sistema digestivo.
Em resolução do dia 9 de julho, a pasta incluiu a população de 12 a 17 anos com comorbidades entre os grupos prioritários de vacinação no Espírito Santo. A aplicação do imunizante, no entanto, ainda depende de calendário a ser definido pelo governo estadual.
No dia 11 de junho deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa ) autorizou o uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para adolescentes de 12 a 15 anos. O imunizante já estava autorizado para pessoas com 16 anos ou mais. Com a decisão, a bula da vacina passará a indicar a nova faixa etária, a partir de 12 anos.
Dois dias após o anúncio da Anvisa, no entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que decisões sobre antecipar a aplicação da segunda dose ou vacinar adolescentes devem ser tomadas pelo Programa Nacional de Imunizações. Para ele, medidas diferentes anunciadas por alguns Estados "rompem" o pacto tratado no programa.
"O PNI [Programa de Imunizações] se reúne toda semana com o grupo de secretários estaduais e municipais. Ocorre que alguns secretários tomam deliberações baseadas no entendimento deles, e isso de certa maneira rompe o pacto tratado no PNI", afirmou.
Segundo a Sesa, ainda não há data definida para início da vacinação desse grupo, mas de acordo com o secretário Nésio Fernandes, a imunização deve ocorrer até o final deste ano.
No Brasil, o Estado do Mato Grosso do Sul foi o primeiro a vacinar adolescentes maiores de 12 anos com comorbidades utilizando as doses da Pfizer. A Secretaria Estadual de Saúde publicou a autorização no dia 18 de junho.
O Estado do Piauí anunciou na última terça-feira (20) que vai vacinar os adolescentes maiores de 12 anos com comorbidades. Para receber o imunizante, será necessária a apresentação de laudo médico.
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