Alguns moradores de bairros de Vila Velha, Vitória e Serra, especialmente os situados nas proximidades do Aeroporto de Vitória, foram surpreendidos, na manhã desta sexta-feira (10), por uma aeronave sobrevoando em círculos, em baixa altitude e dando rasantes. A situação incomum para quem não é familiarizado com a aviação fez com que leitores encaminhassem registros para A Gazeta.
Em sites especializados em monitoramento de voos em tempo real, como o Flight Radar 24, a aeronave apareceu "riscando" o céu em um percurso bastante diferente das aproximações ou decolagens do aeroporto na Capital capixaba. O avião em questão é um Legacy 500 – denominado, na Força Aérea Brasileira (FAB), como IU-50.
Ainda que cause estranhamento para muitas pessoas, não há nada de errado com este tipo de voo. O que os moradores viram (e ouviram) nada mais é do que um procedimento padrão realizado pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), vinculado à Aeronáutica.
O voo de inspeção busca verificar se os dados fornecidos pelos equipamentos de auxílio à navegação instalados dentro e fora do aeroporto são confiáveis e se estão com a precisão em dia. Isto é, o GEIV avalia a eficácia desses sistemas, equipamentos e procedimentos de modo a garantir uma operação segura às aeronaves em circulação no espaço aéreo brasileiro.
Uma das informações que esses aparelhos verificados enviam aos aviões é o caminho a ser seguido durante o voo. Eles auxiliam ainda nos pousos e decolagens, tanto em condições normais quanto em períodos de instabilidade climática, como os enfrentados na Capital nos últimos dias.
A Gazeta já reportou outros registros do grupamento em operação nos ares da Grande Vitória. Atualmente, segundo informações da FAB, o GEIV conta com cinco "aeronaves laboratórios", que integram o projeto I-X, iniciado em 2015, para substituição dos veteranos IC-95, operados em antigos turbo-hélice Embraer Bandeirante.
Os aviões que fazem as "calibragens" das pistas pelos aeroportos do Brasil são capazes de voar em velocidade máxima de 800 km/h e ainda possuem autonomia superior a 5,5 mil quilômetros.
A Zurich Airport Brasil, responsável pelo terminal aeroportuário da Capital capixaba, informou que os voos realizados nesta sexta no Aeroporto de Vitória pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) fazem parte de procedimento de rotina e não afetaram as operações do aeroporto.
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