A garagem do condomínio Mochuara Residencial Clube, localizado no bairro Dom Bosco, em Cariacica, foi interditada pela Defesa Civil do município na tarde desta quinta-feira (06), em razão de risco de desabamento. Segundo laudo emitido pelo órgão, o local foi classificado como risco estrutural alto, o que significa dizer que a estrutura pode sofrer colapso. O mesmo problema já havia ocorrido em julho de 2016.
A Defesa Civil de Cariacica orientou a interdição imediata do local, com retirada dos veículos e a proibição do trânsito de quaisquer pessoas e veículos, além da contratação, em caráter de urgência, de profissional técnico/empresa habilitado para definir e orientar os ensaios/testes necessários, buscando identificar as causas da recorrência dos problemas, a fim de confeccionar laudo e projeto especifico de escoramento e recuperação de toda a estrutura.
A Secretaria Municipal de Defesa Social de Cariacica (Semdefes) informou, por meio de nota, que nessa quarta-feira (5) a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil realizou uma vistoria no edifício, a pedido do síndico, com o objetivo de verificar as condições de segurança, estabilidade e salubridade do estacionamento.
A equipe da Defesa Civil identificou que o local já tem histórico de problemas estruturais e, atualmente, apresenta patologias, tais como: trincas na laje do piso do estacionamento; desnivelamento de lajes; formação de poças sobre a laje superior; descolamento de parede de fechamento; ferragens expostas, entre outras. Diante da situação, a COMPDEC de Cariacica classificou o risco estrutural do local como Risco Alto (R3).
Em 2015, os moradores começaram a perceber rachaduras e trincas na estrutura da edificação do Mochuara Residencial Clube. Em 2016, eles pediram socorro à Defesa Civil, que realizou a interdição do edifício-garagem com 700 vagas, que abriga seis torres, com 594 apartamentos.
Segundo empresa contratada para vistoria pela incorporadora PDG à época, companhia que fez a entrega dos prédios, o edifício apresentava duas irregularidades, sendo um de cálculo e outro de execução da obra, que não teria sido feita conforme o projeto.
Procurada pela reportagem de A Gazeta, a construtora PDG informou que tomou conhecimento dos fatos através da imprensa. Em nota enviada na tarde desta sexta-feira (7), a PDG afirma que vai enviar um técnico para avaliar a situação do condomínio.
"Tomamos conhecimento do assunto a partir de questionamentos enviados pela imprensa do Espírito Santo. Até o momento, o Condomínio não entrou em contato com a PDG. Também não recebemos notificação do Poder Público. De todo o modo, em nome da prevenção e da segurança dos moradores, enviaremos um técnico para avaliar a situação do local, e, se necessário, adotar providências iniciais", diz a nota.
Na nota, a construtora explica ainda que realizou obras de reforço estrutural na garagem do condomínio entre setembro de 2016 e março de 2017.
"Destacamos que, em julho de 2016, foram identificados problemas estruturais no edifício garagem. Em 12 de setembro de 2016, teve início a execução das obras de reforço estrutural necessárias para a garantia da solidez e segurança da edificação e dos seus usuários. Foi prestado todo apoio necessário aos moradores durante a execução dos trabalhos. Essas obras foram concluídas em março de 2017, tendo sido a edificação liberada integralmente pela Defesa Civil na data de 23/03/2017", conclui a nota.
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